Prender um texto ao nosso vocabulário
não é matar a literatura.
Prender um texto ao que sabemos,
mesmo pouco, é dar-lhe um pouco de nós.
Expressar sentimentos,
embora de forma rudimentar,
pode ser mais belo
e ter mais significado
que fazê-lo através de palavras trabalhadas
mas vazias de sentimento.
José Pedro Cadima
Imagina só poderes ver os meus sonhos no meu reflexo. "Jornal de Parede" de José Pedro Cadima e de José Cadima
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segunda-feira, fevereiro 14, 2011
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
(De volta a)O mundo
Desço suavemente, fazendo festas ao mundo,
não vá ele enfurecer-se.
Pressinto-o zangado,
deixando-me descrente de que tenhamos futuro.
Puxo das forças e da coragem que me restam
e olho-o nos olhos.
Tento dizer-lhe que ele está no centro das minhas preocupações.
Procuro dar-lhe expressão do meu empenho
na construção de um projecto económico
menos delapidador de recursos,
mais respeitador dos equilíbrios naturais.
Falo-lhe com carinho.
Vejo-o rosnar, primeiro, sacudir-se, depois,
e aquietar-se, de seguida.
Questiono-me se acreditou no que lhe disse.
Acreditando ou não,
deixou-me seguir caminho.
José Pedro Cadima
não vá ele enfurecer-se.
Pressinto-o zangado,
deixando-me descrente de que tenhamos futuro.
Puxo das forças e da coragem que me restam
e olho-o nos olhos.
Tento dizer-lhe que ele está no centro das minhas preocupações.
Procuro dar-lhe expressão do meu empenho
na construção de um projecto económico
menos delapidador de recursos,
mais respeitador dos equilíbrios naturais.
Falo-lhe com carinho.
Vejo-o rosnar, primeiro, sacudir-se, depois,
e aquietar-se, de seguida.
Questiono-me se acreditou no que lhe disse.
Acreditando ou não,
deixou-me seguir caminho.
José Pedro Cadima
sexta-feira, janeiro 28, 2011
Está tudo tão industrial (II)
Está tudo tão sem graça,
tão industrial.
É como se a vida
não passasse de uma peça de maquinaria.
Se assim é, se assim tiver que ser
deixai-me, pelo menos, ser o manobrador desta máquina,
deste engenho que me pertence.
Quero poder rodar manivelas.
Quero ensaiar novos ritmos de rotação.
Quero saltar sobre os maus tempos.
Quero ser o operador desta vida
que é a minha.
José Pedro Cadima
tão industrial.
É como se a vida
não passasse de uma peça de maquinaria.
Se assim é, se assim tiver que ser
deixai-me, pelo menos, ser o manobrador desta máquina,
deste engenho que me pertence.
Quero poder rodar manivelas.
Quero ensaiar novos ritmos de rotação.
Quero saltar sobre os maus tempos.
Quero ser o operador desta vida
que é a minha.
José Pedro Cadima
segunda-feira, dezembro 01, 2008
“Eu votava em Salazar!” (gargalhada)
Depois de lido (duas vezes) o título deste texto, para tentar perceber quanto está mal naquela pequena expressão, o leitor deve ter-se rido um pouco e continuado para este breve parágrafo. Desde já lhe agradeço a gentileza de ter lido tamanho disparate. Como trabalho cívico, tentarei de seguida, de uma forma razoável e sem insultar ninguém, dar uma resposta às dúvidas que terá sobre como tal frase apareceu.
Num dia como tantos outros, resolvi ir a um supermercado. Fiz as minhas compras e fui pagar (até aqui tudo bem). Foi nesta altura que me deparei com uma certa senhora (sem querer insultar a palavra senhora) que estava na caixa registadora e conversava abertamente com uma amiga, certamente sem nada ter que fazer a não ser ouvir a belíssima opinião da sua confidente; opinião informada pelo ideal salazarista, como vim a saber. Dado que o bom-senso, os conhecimentos de história e certos conceitos são totalmente desconhecidos de alguns dos nossos cidadãos, eu usarei apenas a palavra “inculta” para classificar a dita senhora.
Na expressão que lhe ouvi, como resulta óbvio, é esquecido o sentido de liberdade daquilo que ela mesma está a dizer. Atendendo ao que ouvi, proponho ao Sr. Primeiro-Ministro que mande prender e censurar todos aqueles que apoiem qualquer forma de oposição, ainda que estejam mortos!
Em reacção ao que ouvi, por outro lado, peço a Deus, de cuja existência duvido, que não ressuscite nenhum senhor de nome Salazar, porque neste país a estupidez parece andar à solta. Peço, ainda, ao Ministério da Educação e a todos os cidadãos com conhecimentos mínimos de história (o nono ano, pelo menos) que colem nas paredes, por todo o lado, factos básicos sobre a história de Portugal no período salazarista. Quero, também, que sejam dadas a conhecer as razões pelas quais as pessoas não votavam nessa altura. Aparentemente, pensaria a dita senhora que é nas ditaduras que o direito de voto se afirma por excelência. Recomendaria, adicionalmente, aos supermercados que não contratassem gente com tamanha falta de conhecimento, porque em vez de trabalharem preferem veicular as suas ideologias, prejudicando gravemente a imagem das superfícies comerciais em que trabalham.
Para terminar, deixo uma sugestão inspirada no ideal salazarista sobre o destino a dar a esta gente, que tem a virtualidade de não prejudicar a restante população: porque não meter todas estas pessoas num barco do género dos do tempo dos descobrimentos (que eles gostam é desses tempos) e mandá-las por sua conta e risco para uma zona de guerra? Aí, viveriam do modo que tanto veneram e o resto da população não teria que ouvir tanto disparate. É, no meu entender, uma situação do tipo ganhador-ganhador.
José Pedro Cadima
Num dia como tantos outros, resolvi ir a um supermercado. Fiz as minhas compras e fui pagar (até aqui tudo bem). Foi nesta altura que me deparei com uma certa senhora (sem querer insultar a palavra senhora) que estava na caixa registadora e conversava abertamente com uma amiga, certamente sem nada ter que fazer a não ser ouvir a belíssima opinião da sua confidente; opinião informada pelo ideal salazarista, como vim a saber. Dado que o bom-senso, os conhecimentos de história e certos conceitos são totalmente desconhecidos de alguns dos nossos cidadãos, eu usarei apenas a palavra “inculta” para classificar a dita senhora.
Na expressão que lhe ouvi, como resulta óbvio, é esquecido o sentido de liberdade daquilo que ela mesma está a dizer. Atendendo ao que ouvi, proponho ao Sr. Primeiro-Ministro que mande prender e censurar todos aqueles que apoiem qualquer forma de oposição, ainda que estejam mortos!
Em reacção ao que ouvi, por outro lado, peço a Deus, de cuja existência duvido, que não ressuscite nenhum senhor de nome Salazar, porque neste país a estupidez parece andar à solta. Peço, ainda, ao Ministério da Educação e a todos os cidadãos com conhecimentos mínimos de história (o nono ano, pelo menos) que colem nas paredes, por todo o lado, factos básicos sobre a história de Portugal no período salazarista. Quero, também, que sejam dadas a conhecer as razões pelas quais as pessoas não votavam nessa altura. Aparentemente, pensaria a dita senhora que é nas ditaduras que o direito de voto se afirma por excelência. Recomendaria, adicionalmente, aos supermercados que não contratassem gente com tamanha falta de conhecimento, porque em vez de trabalharem preferem veicular as suas ideologias, prejudicando gravemente a imagem das superfícies comerciais em que trabalham.
Para terminar, deixo uma sugestão inspirada no ideal salazarista sobre o destino a dar a esta gente, que tem a virtualidade de não prejudicar a restante população: porque não meter todas estas pessoas num barco do género dos do tempo dos descobrimentos (que eles gostam é desses tempos) e mandá-las por sua conta e risco para uma zona de guerra? Aí, viveriam do modo que tanto veneram e o resto da população não teria que ouvir tanto disparate. É, no meu entender, uma situação do tipo ganhador-ganhador.
José Pedro Cadima
domingo, julho 27, 2008
Bela criatividade
Quão bela é a criatividade humana. Chega, até, a questionar o domínio dos deuses.
Assemelhava-se o homem a um chimpanzé. Vivia da colecta de frutos e da captura de animais. Ansiava dar às suas mãos uso e logo agarrou um pedaço do céu.
Doravante, via-se-lhe nos olhos um novo ser. Os deuses eram agora mortais. O poder de criar não morria.
Não fomos expulsos do Éden. Criámo-lo nós próprios. Deitámos por terra a perfeição por se ter tornado coisa antiquada. O horror vinha do instinto animal. O poder de criar, roubámo-lo ao céu.
Fez-se história: criámos o horror e a arte; separámos a vida e a morte; gritámos com a morte. Impusemos-lhe mais anos de vida. Aprendemos que a uma criança não se dá uma tesoura.
Aos deuses restou-lhes arrependerem-se de não serem tão bons pais.
José Pedro Cadima
Assemelhava-se o homem a um chimpanzé. Vivia da colecta de frutos e da captura de animais. Ansiava dar às suas mãos uso e logo agarrou um pedaço do céu.
Doravante, via-se-lhe nos olhos um novo ser. Os deuses eram agora mortais. O poder de criar não morria.
Não fomos expulsos do Éden. Criámo-lo nós próprios. Deitámos por terra a perfeição por se ter tornado coisa antiquada. O horror vinha do instinto animal. O poder de criar, roubámo-lo ao céu.
Fez-se história: criámos o horror e a arte; separámos a vida e a morte; gritámos com a morte. Impusemos-lhe mais anos de vida. Aprendemos que a uma criança não se dá uma tesoura.
Aos deuses restou-lhes arrependerem-se de não serem tão bons pais.
José Pedro Cadima
quinta-feira, julho 24, 2008
Viva a artificialidade!
No inferno, e não somos irmãos.
Juntos vínhamos, e não somos amigos.
Algures, roubei. Ele matou.
Fui preso, com fome.
O que é a fome, nunca soube ele.
Comemore-se este tempo de hipocrisia.
Viva a artificialidade!
Senda nela que nos cruzamos e achamos o nosso caminho,
comemoremo-la, pois. Hurra!
José Pedro Cadima
Juntos vínhamos, e não somos amigos.
Algures, roubei. Ele matou.
Fui preso, com fome.
O que é a fome, nunca soube ele.
Comemore-se este tempo de hipocrisia.
Viva a artificialidade!
Senda nela que nos cruzamos e achamos o nosso caminho,
comemoremo-la, pois. Hurra!
José Pedro Cadima
sexta-feira, julho 18, 2008
O destino
Sou eu aquele a quem o diabo vendeu a alma.
Sou eu o terror no medo e o desespero no terror.
Ao desespero deixo-o sozinho.
Sabe deus quanto lhe custou um anjo.
Sei que o comprei por menos.
Sabe o homem o que é a dor
até ao momento imediatamente antes do pós-guerra.
Sei qual é a alegria de a começar.
Cultivam-se e esmagam-se plantas,
das mais feias às mais belas.
Sou eu que o digo, que sei bem do que falo.
Olho o homem nos olhos:
fica-lhe bem a morte!
José Pedro Cadima
Sou eu o terror no medo e o desespero no terror.
Ao desespero deixo-o sozinho.
Sabe deus quanto lhe custou um anjo.
Sei que o comprei por menos.
Sabe o homem o que é a dor
até ao momento imediatamente antes do pós-guerra.
Sei qual é a alegria de a começar.
Cultivam-se e esmagam-se plantas,
das mais feias às mais belas.
Sou eu que o digo, que sei bem do que falo.
Olho o homem nos olhos:
fica-lhe bem a morte!
José Pedro Cadima
sexta-feira, junho 20, 2008
Viva a liberdade!
Querem-na? A liberdade,
a primeira motivação da luta humana,
a razão do fracasso das ditaduras
e do sacrifício dos lutadores.
A liberdade contrapõe-se à crença,
alimentada por alguns, na prisão física,
na opressão, no condicionamento das mentes.
Nem a democracia nos faz livres:
dá prisão àquilo em que tocamos.
Corram pelos campos!
Sintam o vento na face,
nas narinas, nos olhos.
Busque-se a liberdade
no intervalo de dois compromissos.
Sejamos livres.
Façamos do mundo coisa nossa.
José Pedro Cadima
a primeira motivação da luta humana,
a razão do fracasso das ditaduras
e do sacrifício dos lutadores.
A liberdade contrapõe-se à crença,
alimentada por alguns, na prisão física,
na opressão, no condicionamento das mentes.
Nem a democracia nos faz livres:
dá prisão àquilo em que tocamos.
Corram pelos campos!
Sintam o vento na face,
nas narinas, nos olhos.
Busque-se a liberdade
no intervalo de dois compromissos.
Sejamos livres.
Façamos do mundo coisa nossa.
José Pedro Cadima
domingo, junho 08, 2008
Fez-se história
Fez-se história:
criámos o horror e a arte,
criámos os dois; unimo-los.
Separámos a vida e a morte.
José Pedro Cadima
criámos o horror e a arte,
criámos os dois; unimo-los.
Separámos a vida e a morte.
José Pedro Cadima
sexta-feira, junho 06, 2008
Canibalismo
Que se retorne ao canibalismo.
Que seja hoje e depressa!
Já toda a carne se me sugere saber
àquela que o homem tem.
Com canibal desejo,
devoro aos poucos
a própria consciência.
Sabe-me na boca
e não me sabe mal.
José Pedro Cadima
Que seja hoje e depressa!
Já toda a carne se me sugere saber
àquela que o homem tem.
Com canibal desejo,
devoro aos poucos
a própria consciência.
Sabe-me na boca
e não me sabe mal.
José Pedro Cadima
terça-feira, maio 20, 2008
O precipício no fim da vida
Não há razão para viver
se não se for Colombo.
Não há como dormir
se não se souber como.
De um feixe de luz,
compreender a velocidade.
De uma pedra no chão,
identificar aquela que se é.
Sabereis vós todos
que, na vida, só há vida
se soubermos porquê?
José Pedro Cadima
se não se for Colombo.
Não há como dormir
se não se souber como.
De um feixe de luz,
compreender a velocidade.
De uma pedra no chão,
identificar aquela que se é.
Sabereis vós todos
que, na vida, só há vida
se soubermos porquê?
José Pedro Cadima
segunda-feira, maio 12, 2008
Imaginação
O vazio
escorre-me da mente.
Encho baldes
do que não existe.
De imaginação morta,
Deus só nos teria criado a nós.
José Pedro Cadima
sábado, abril 26, 2008
Raiva
Há raiva que nada faz
e me deixa sempre em guerra.
Tropeço num vazo que caiu
do alto dos meios receios.
Pior era ter por lá ficado!
A gravidade é forte
e traz tudo para os nossos pés,
excepto os problemas.
Esses teimam em manter-se lá no alto,
ameaçando-nos a tranquilidade,
quando não alimentando-nos a raiva.
José Pedro Cadima
e me deixa sempre em guerra.
Tropeço num vazo que caiu
do alto dos meios receios.
Pior era ter por lá ficado!
A gravidade é forte
e traz tudo para os nossos pés,
excepto os problemas.
Esses teimam em manter-se lá no alto,
ameaçando-nos a tranquilidade,
quando não alimentando-nos a raiva.
José Pedro Cadima
domingo, abril 06, 2008
Conselho a um artista
Qualquer artista que se preze
a extrema miséria deve visar.
A extrema felicidade, aparte inalcançável,
seria indicador seguro
de que nunca veria publicamente reconhecida
a valia da sua obra,
e um meio-termo deixaria o seu trabalho incompleto.
Claro que é o critério
para atingir o reconhecimento público,
facilitada está a vida de qualquer artista
que vise ir além da mediania:
resta-lhe prosseguir arduamente
o caminho da miséria material.
Terá assegurado um grandioso funeral.
José Pedro Cadima
a extrema miséria deve visar.
A extrema felicidade, aparte inalcançável,
seria indicador seguro
de que nunca veria publicamente reconhecida
a valia da sua obra,
e um meio-termo deixaria o seu trabalho incompleto.
Claro que é o critério
para atingir o reconhecimento público,
facilitada está a vida de qualquer artista
que vise ir além da mediania:
resta-lhe prosseguir arduamente
o caminho da miséria material.
Terá assegurado um grandioso funeral.
José Pedro Cadima
quarta-feira, abril 02, 2008
O mundo
Desço docemente, fazendo festas ao mundo,
não vá ele enfurecer-se.
Pressinto-o zangado,
deixando-me descrente de que tenhamos futuro.
Puxo das minhas forças e da coragem que me resta
e olho-o nos olhos.
Tento dizer-lhe que ele está no centro das minhas preocupações.
Procuro dar-lhe expressão do meu empenho
e falar-lhe de carinho.
Vejo-o rosnar, primeiro, sacudir-se, depois,
e aquietar-se, de seguida.
Questiono-me se acreditou no que lhe disse.
Deixou-me seguir o meu caminho.
José Pedro Cadima
não vá ele enfurecer-se.
Pressinto-o zangado,
deixando-me descrente de que tenhamos futuro.
Puxo das minhas forças e da coragem que me resta
e olho-o nos olhos.
Tento dizer-lhe que ele está no centro das minhas preocupações.
Procuro dar-lhe expressão do meu empenho
e falar-lhe de carinho.
Vejo-o rosnar, primeiro, sacudir-se, depois,
e aquietar-se, de seguida.
Questiono-me se acreditou no que lhe disse.
Deixou-me seguir o meu caminho.
José Pedro Cadima
segunda-feira, março 31, 2008
Carregar com palavras
Palavras ditas uma vez magoam para sempre.
É estranho e forte o poder das palavras.
Por isso, amiúde, a sabedoria está em ficar calado.
Produzida a ferida, não há como retroceder.
Permanecer calado pode, mesmo então, ser menos danoso
que voltar a fazer uso da palavra.
Falar, enterra-nos.
Levando ou atirando com palavras, resta-nos depois carregá-las.
É como uma cruz que se carrega pela vida.
É responsabilidade de cada um pôr-se na pele dos outros.
A humanidade de cada indivíduo revela-se também nisso.
José Pedro Cadima
É estranho e forte o poder das palavras.
Por isso, amiúde, a sabedoria está em ficar calado.
Produzida a ferida, não há como retroceder.
Permanecer calado pode, mesmo então, ser menos danoso
que voltar a fazer uso da palavra.
Falar, enterra-nos.
Levando ou atirando com palavras, resta-nos depois carregá-las.
É como uma cruz que se carrega pela vida.
É responsabilidade de cada um pôr-se na pele dos outros.
A humanidade de cada indivíduo revela-se também nisso.
José Pedro Cadima
terça-feira, março 25, 2008
Indivíduo
Não peças a César
que te dê Roma
sendo tu exército!
Larga a lâmina
que essa orelha cortada
não te fará original!
Pousa a cruz!
Não podes ser mártir
se a causa for apenas tua.
José Pedro Cadima
que te dê Roma
sendo tu exército!
Larga a lâmina
que essa orelha cortada
não te fará original!
Pousa a cruz!
Não podes ser mártir
se a causa for apenas tua.
José Pedro Cadima
quinta-feira, março 13, 2008
Carisma
Não sou, de certo, uma figura das mais carismáticas.
Falta-me o “charme” que berra ao mundo.
Ninguém se recordará da minha cara,
salvo quem a reconhecer nas minhas palavras.
José Pedro Cadima
Falta-me o “charme” que berra ao mundo.
Ninguém se recordará da minha cara,
salvo quem a reconhecer nas minhas palavras.
José Pedro Cadima
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