quarta-feira, novembro 23, 2011

A foto (revisitada)

Estás linda!
Não há foto que te tirem
em que não surjas linda,
deslumbrante,
pelo menos, a meus olhos.
Que lindas as tuas fotos,
umas atrás de outras.
Podiam ter qualquer cenário como fundo
pois, só por tu lá estares,
desviar-se-ia para ti
toda a atenção do observador.
Nesta, encontro-lhe uma falha:
eu não estar nela contigo!

José Pedro Cadima

sábado, novembro 19, 2011

sexta-feira, novembro 18, 2011

E acho apenas...

Temos que saber viver.
Temos que saber crescer.
Temos que saber sonhar.
Temos que aprender a amar.
Amar, sonhar, crescer, viver:
desafios de vida,
empreendimentos loucos,
meu pesadelo, meu sonho, meu ponto de encontro.
Procuro, procuro em meu redor
e acho apenas imensas saudades de ti.

José Cadima

quinta-feira, novembro 17, 2011

Temos que saber...

"Temos que saber viver com o que temos em cada momento, por mais que desejássemos ter muito mais ou muito melhor que aquilo que temos. Para mim, nesta hora, em concreto, será óptimo poder, simplesmente, dormir, sobretudo se conseguir fazê-lo sem pesadelos."

José Cadima

segunda-feira, novembro 14, 2011

Fechando os olhos

Fechando os olhos,
posso ainda ver
cores, sentimentos, sonhos, frustrações.
Vejo sentimentos, digo,
que são de tristeza, sobretudo,
mas poderiam ser, também, de esperança.
Na escuridão e para além dela,
vejo, sinto a cor do meu sangue,
vermelho vivo.
Vivo que me pressinto,
de olhos fechados, imagino-me outro,
ensaio transportar-me para outro lugar,
onde a esperança não se ofereça sobra
da tristeza e da desesperança.
Amanhã será um dia novo!

José Cadima

sábado, novembro 12, 2011

Esboço de conversa (4)

Depois das notícias que te dei a meio da semana, esperava que me dissesses alguma coisa, isto é, se estavas satisfeito com o desenvolvimento que o assunto que te preocupava teve entretanto. Fiquei a desejar, também, que me dissesses que pensas fazer e se precisas que te ajude nalguma iniciativa que pretendas tomar.
Preferiste o silêncio, o que lamento, sobretudo se for sinal de que o problema que me pediste para ajudar a resolver era apenas um pretexto para tu não abandonares esse estado de letargia em que te encerraste. Espero, sinceramente, que não seja o caso.
Quando é que voltarei a ter oportunidade de jantar ou ter uma simples conversa descontraída contigo?

J. Cadima Ribeiro

O forno e as merendeiras doces

(Vale de Frade, Barosa, Leiria)

terça-feira, novembro 08, 2011

Esboço de conversa (3)

Espero que gostes das merendeiras doces que te deixei, que me foram enviadas pela tua avó.
Tenho boas notícias para te dar relativamente ao assunto sobre que falámos ultimamente. Como vês, as coisas resolveram-se.
Agora, fica a faltar a tua parte, isto é, que comeces a resolver as coisas da tua vida. Nisso, poderás contar connosco mas a parte principal cabe-te a ti e implica que tomes uma atitude construtiva em relação à tua vida. Vais começar a fazê-lo? Fá-lo pela tua mãe, por mim e, sobretudo, por ti.

J. Cadima Ribeiro

O que me vem à cabeça (revisitação)

Por culpa deste turbilhão
que me vai na cabeça,
para não me esquecer das coisas,
devo escrevê-las.
Só há um problema:
o que me vem à cabeça
são poemas de amor,
ideias, pensamentos
que são directa expressão das dores que sinto.
Por assim ser,
a forma que encontro de me encontrar
com a dimensão mais intima do meu ser
é a que reaviva o meu tormento.

José Pedro Cadima

sábado, novembro 05, 2011

O relógio da igreja e o outro


Quem comanda as nossas vidas...

«Dizia o conferencista (Tomas Villasante, professor da Universidade Complutense de Madrid) que quem comanda as nossas vidas são interesses económicos mais ou menos obscuros, corporizados nalgumas organizações internacionais e grupos económico/financeiros nacionais e internacionais, referidos comummente como mercado(s).
O movimento dos “indignados” seria assim filho legítimo da ditadura que temos, que é a dos mercados, e de poderes políticos que, reclamando-se de representativos, não representarão senão os interesses desses “mercados” e dessa classe política decadente, que tenta a todo o custo perpetuar-se.»

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, novembro 03, 2011

Máscaras

Será a casa de Barcelona da Branca de Neve e dos 7 anões ou a casa de férias do Gato das Botas?
Serão as máscaras das varandas apenas para disfarçar, dificultando a tarefa da Bruxa Má? Também as haverá (bruxas) boas, depreende-se.









[Foto da autoria de C.P.]

quarta-feira, novembro 02, 2011

As últimas novidades chegadas de Lisboa

(cerca das 19,30 horas de hoje, via Facebook de José Cadima)


"It's raining cats and dogs in Lisbon!"

José Pedro Cadima

´Atão` não é que …

«Uma coisa bem curiosa que encontrei no livro foi a reclamação da criação de um “alargado consenso político-social” para a resolução da(s) crise(s) que a economia portuguesa vive. Este conceito deverá ser um eufemismo para identificar a “urgência” do retorno aos governos do “bloco central”, que, não sendo forma de governo há largos anos em Portugal, persiste enquanto tal na divisão de tudo quanto é “tacho” em empresa pública, grupo bancário, empresa do sector de obras públicas ou lugar de cúpula de associação empresarial. Distraído que andava, só então percebi que esse vinha sendo tema quotidiano da comunicação social nacional (ignoro desde há quanto tempo), tratando de preparar os portugueses para o pior, se é que as coisas podem piorar, ainda. Aqui chegado, o sangue deixou de me alimentar o cérebro, fiz-me branco como a cal, e apeteceu-me fugir para o lugar mais remoto possível. Desgraçadamente, o sangue que deixou de alimentar-me o cérebro faltou-me também nas pernas e é essa a razão porque ainda ando por aqui. Levei para mais de uma semana até conseguir verter para o caderno este breve apontamento de memórias. “Atão” não é que …»

J. C.

(reprodução parcial de crónica originalmente produzida em 2009/05/15 e publicada na integra neste jornal de parede por essa mesma altura, com o título "Temos ministro!")