quarta-feira, janeiro 30, 2013

Sociedades contemporâneas

"Criar agendas impossíveis e roubar tempo às pessoas é uma realidade das sociedades contemporâneas"

João Fernandes

(afirmação produzida em Braga, a 28 de Janeiro de 2013)

sábado, janeiro 26, 2013

Revisitando "Estou por aqui, ainda"

"Faz-me falta sentir os teus dedos
entrelaçados nos meus.
Faltam-me os teus lábios húmidos.
Falta-me o abraço capaz de transportar-me
para junto do arco-íris,
por instantes, que valem uma vida."

K

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Olhá Maya!

Olhá Maya! Olha a Maya, e não sou capaz de deixar de me interrogar sobre:
i)  onde foi buscar o nome (porventura, à simpática abelha Maya da nossa infância);
ii)  que idade terá aquela abelha, agora loura, de cabelo bem composto e discurso fluente e ininterrupto;
iii) que procurarão nela os telespectadores a quem se dirige com conselhos múltiplos.
Olho a Maya e interrogo-me sobre o que me trouxe a este lugar, onde sempre me sinto desconfortável, aonde me desloco arrastado pela pressão de palavras bem intencionadas mas que não me convencem. O que me trouxe, mesmo, foi a vontade de retribuir a atenção (a preocupação) com um gesto que não desmerecesse essa atenção.
Olhá Maya. Lá está ela de novo, falando ininterruptamente, dirigindo-se a não se sabe bem quem (felizmente, as suas palavras não me chegam inteligíveis). É toda expressão. É toda gestos e atenção dirigidos a interlocutores abstractos (ou concretos?) a partir de uma sala preenchida com uma cadeira, uma mesa, cartas, muita cor e, presume-se, câmaras de filmar, com gente atrás.
Olha a Maya, baralhando cartas, procurando, supostamente, ajudar alguém a desembaralhar a respectiva vida.

José Cadima 

terça-feira, janeiro 15, 2013

Máquina do tempo

As luzes dos candeeiros, lá fora,
misturam-se com as das estrelas.
É noite sem luar
e há gente que se movimenta,
impelida pelas razões de cada um,
porventura, mantendo por menor múltiplo comum
a  luta pela sobrevivência.
Regredimos séculos, num instante.
Esta máquina do tempo
mostra desempenhos surpreendentes, implacáveis.
O tempo do Homem,
o tempo para sermos homens, mulheres
deixou de ser reconhecido.
Válidos são a correria, a esquizofrenia,
o salve-se quem puder.
O horizonte oferece-se de um negro intenso.
As luzes são crescentemente escassas.
Pressente-se o dia
mas não a sua materialidade.
Será esta máquina do tempo capaz
de devolver-nos o presente
ou resta-nos sonhar com o futuro?

José Cadima

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Desesperadamente, procurando…

Queria dormir,
queria mergulhar na abstracção
trazida pelo sono
mas o vazio de um dia sem termo
não mo permite.
De diferente, este dia,
trouxe a recusa de esgotar-se.
Esgoto-me eu em pensamentos.
Esgoto-me num cansaço
que não se resolve em sono.
Queria tanto evadir-me desta desgraça
em que se resolveu o meu dia
que saí refém
de um dia que recusa dar-se por esgotado.
Esgoto-me eu…
Esgoto-me eu olhando as luzes da rua
nesta noite sem lugar para estrelas.

José Cadima

domingo, janeiro 06, 2013

Doces e belas (as tuas mãos)

Quando me acariciam,
as tuas mãos são doces e belas.
As tuas mãos
são tão doce e belas
quanto o teu carinho.
Tocar-me,
acariciar-me,
é o que faz delas doces e belas.
Sem isso, podiam até ser belas
mas não seriam doces.
Podiam até parecer doces
mas jamais seriam doces e belas.

José Pedro Cadima

quarta-feira, janeiro 02, 2013

Manifestações de arte pós-moderna (urbana)

(Lisboa, Dezembro de 2012)
[Fotos da autoria de C.P.]

Mensagens curtas, endereçadas

"Obrigado pelas tuas mais recentes mensagens e pela tua atenção. Lamento o final de ano e o início de ano novo desastrosos que tivemos  que, infelizmente, não fugiu muito às minhas expectativas, dado o contexto que estava criado. Peço-te desculpa pelo contributo que dei para esse desastre.
Vou acreditar que o novo ano pode ser bem melhor. Nesse sentido, podes contar com o meu empenho e muito amor."

K