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sexta-feira, dezembro 28, 2012

Carta com destinatário certo e leitura incerta

"Tive pena de não ter estado contigo pelo Natal e nem sequer ter tido oportunidade de te oferecer uma prenda. Gostaria de ter-te contactado a esse propósito mas entendi ser melhor não o fazer."

José Cadima

sábado, dezembro 15, 2012

quinta-feira, dezembro 06, 2012

terça-feira, novembro 27, 2012

És o meu diamante

És o meu diamante
Aquele que reluz no escuro
Que eu identifico na multidão

És o meu diamante
Mais brilhante do que o sol
Mais claro que o luar

És o meu diamante
Reluzes sempre para mim
Mesmo antes de seres lapidado
A rugosidade superficial tento tirar
Faço deslizar-te na minha mão
Ofereces resistência
Mas o meu desejo é mais forte
Afinal, eu também sou um diamante...

C.P.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Eternidade

Dás-me a eternidade
Ao dizeres que me amas
Dás-me a eternidade 
Quando me abraças
Dás-me a eternidade
Quando juntos lutamos
Contra a desigualdade
Contra a falta de democracia
É uma eternidade 
De que necessito
É uma eternidade
Que vais beber
Dou-te a eternidade
Digo que te amo...

C.P.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Cartas com destinatário certo, e leitura incerta

"Havendo que ser pragmático e olhar para o presente e o futuro, acredito que podemos encontrar maneira de resolver as nossas diferenças e ajudar-nos mutuamente. Pelo que me diz respeito, preciso muito da tua ajuda."

José Cadima

segunda-feira, novembro 05, 2012

Cartas com destinatário certo, e leitura incerta

"O que me desconforta sobremaneira é não entender porque é que te recusas a falar comigo sobre as coisas que te preocupam e, mais do que isso, não entender do que é que me culpas nas coisas que não te correram bem ou não correm bem, no presente. 
Obviamente que terei cometido erros  mas creio que tens consciência que me preocupo contigo e tenho tentado dar-te o apoio que me tem sido possível. Se mais não tenho dado é porque não sei como fazê-lo.
Peço que aceites conversar comigo. Ouvir-te-ei com toda a atenção."

José Cadima

quinta-feira, outubro 25, 2012

Cansado, ainda

Ontem, confessava-me cansado.
Hoje, sinto-me cansado, ainda,
mas um pouco menos.
Ontem, o dia correu célere.
Hoje, o dia foi um pouco mais pausado,
talvez por isso a fadiga esteja menos patente.
À flor-da-pele permanece o meu asco
pelos meandros que a política toma em Portugal,
e pelos frequentadores desses meandros,
sobretudo quando constituídos em governos,
necessariamente incompetentes,
dados a favores, grandes e pequenos,
cultores de pequenos, muito pequenos poderes
e de muitos interesses.
Não pude deixar de pensar nisso, hoje,
enquanto “escutava” o discurso de um desses agentes,
sempre muito atarefados,
correndo de compromisso para compromisso,
sem tempo para dar atenção
aos assuntos que importam  aos cidadãos,
tão maltratados nos tempos que correm,
mais ignorados do que quase sempre o foram.
Cansado, retorno às origens,
quer dizer, retomo a casa
e às minhas lutas de todos os outros dias.
Com a fadiga menos estampada no rosto,
talvez consiga transmitir esperança
que não me assiste.
Cansado,
mesmo que menos que ontem, na aparência,
vou ao teu encontro.
Tu surges-me sempre fresca.
Estou-te grato por isso.

José Cadima

terça-feira, outubro 23, 2012

Cansado

Apenas uma palavra: cansado.
Esgotamento físico?
Saturação mental?
Esforço para além daquilo que as forças
me permitem alcançar?
Desapontamento, descrença,
saturação, esgotamento?
De tudo isto me teço.
Tudo isto me trouxe até aqui,
não sendo lugar onde possa repousar.
Cansado, sem dúvida.
Penalizado por este “tempo” de descrença
e de desesperança
que não fui capaz de antecipar,
“tempo” para o qual não me preparei,
nem o quereria fazer.
Voltar atrás, ir da esperança para a descrença,
do fulgor para a fadiga,
em trajeto sem escalas.
Difícil será retomar o futuro.
Passado, já temos em dose bastante.
Como me libertar desta armadilha,
que agora é cansaço
e amanhã não saberei como lhe chamar,
onde não quero reconhecer-me?

José Cadima

segunda-feira, setembro 10, 2012

Sopa de palavras

Só em sonho te tenho aqui.
Só em sonho…
Há quem diga que “nos sonhos,
como no amor, nada é impossível”.
Há quem diga,
e o tempo passa.
Só no meu coração te encontro,
Pobre de mim,
duplamente, pobre de mim que já não vislumbro
diferença entre realidade e sonho,
Porque hei-de padecer
de tal sorte?
Sonhar é cada vez mais difícil.
Se “amar-te tem sido um sonho”,
a cada passo, os pesadelos
sobrepõem-se-me aos sonhos.
No meio desse turbilhão,
amar(-te) é seguro que quero,
amar(-te), “e, eventualmente, viver”.
Submergido num mar de angústia,
abafado pela ansiedade,
refém de um corpo cansado,
não descortino escape possível.
Sonhar é cada vez mais penoso.

K

domingo, setembro 09, 2012

"Há ocasiões em que me interrogo e ..."

"Há ocasiões em que me interrogo e não encontro resposta alguma, sendo certo que não é a ausência de respostas que me desespera mas, antes, esta intranquilidade que me agride."

K

domingo, agosto 12, 2012

Viagens fora da minha terra (2)

Se nem sempre são fáceis as viagens que faço na minha terra, não surpreenderá que menos o tendam a ser as que faço fora da minha terra, quando não num outro mundo, materializado em hábitos e posturas diferentes daquelas com que estou familiarizado, outras paisagens e outras gentes, outras horas e comidas. Falando da Uberlândia, uma vez mais, aparte as casas “fortificadas” tão comuns, não deixaram de surpreender-me outras realidades que imaginava bem distantes; a saber:
i)            a abundância de gente gorda, há semelhança do que já vira muito mais a norte, neste mesmo Continente, e de moças “de rabo pesado”, algumas bem jovens ainda;
ii)          contraditoriamente, num país tão jovem e a viver um período de tanto fulgor económico, na aparência que tomam as coisas no curto-prazo, pelo menos, a informação de que a taxa de natalidade se situa já abaixo do limiar de reposição de gerações;
iii)        a qualidade de certos equipamentos públicos, como um certo parque urbano (Sabiá) que encontrei, onde, paradoxalmente ou talvez não, se reúnem a certas horas multidões que acompanham miúdos irrequietos e/ou percorrem mais ou menos apressados os trilhos estabelecidos, procurando aligeirar rabos que se sugerem, amiúde, bem pesados;
iv)        a especulação desenfreada que graça com terrenos urbanos e urbanizáveis, para lá do multiplicar dos condomínios fechados e amuralhados que se encontram por toda a parte, na envolvente de uma cidade crescentemente espraiada;
v)          a abundância de aves, umas mais exóticas que outras, bastantes das quais se podem encontrar no seio da própria cidade, e de árvores e vegetação razoavelmente estranha aos olhos de um europeu, mesmo que do Sul;
vi)        a existência entre as árvores de algumas que serão ainda herança jurássica, em razão dos espinhos nos troncos com que se encontram ornamentadas; e, notem, não me estou a referir a arbustos mas, antes, a algumas de considerável porte; e, como última menção,
vii)      o encontro que tive com dois lagartos de considerável porte, um dos quais resolveu interromper-nos a jornada por um número considerável de minutos, posto que, a dado passo, hesitou entre permanecer no trilho que percorríamos ou retornar à floresta vizinha, porventura, menos ensolarada, se é que a presunção que assumo tem cabimento.
A surpresa e o exótico, são, como bem se sabe, a mais das vezes, o que mais leva gente a certas paragens. Sabia-o, embora não tivesse sido esse o motivo principal que me trouxe a este destino. Confesso entretanto que, tanto quanto o exótico, o que me atrai em muitos lugares é o seu oposto, isto é, o que é comum, uma rotina que não seja penosa, a familiaridade com as coisas e as gentes. A jornada vai ainda a meio, todavia. Por isso, há que guardar espaço para mais surpresas e mais exotismo. Assumido o desafio, não há recuo possível!

José Cadima

sábado, agosto 04, 2012

Viagens fora da minha terra

Estafado da caminhada e do Sol escaldante, jogo o corpo na cama e tento alhear-me do desconforto que me assalta os pés, as pernas e, logo depois, o corpo por inteiro. Mais tarde retornará o desgaste da viagem recentemente realizada e o desacerto das horas. Em razão disso, quatro dias volvidos, ainda almoço na hora em que devia tomar o café da manhã e janto na hora em que devia lanchar. Neste trocar de horas, escapam-me o pequeno-almoço e o lanche, propriamente ditos.
Encontrei um Brasil diferente daquele de que me recordo: confiante, agitado mas não socialmente menos contrastado. Se não me deparei ainda com favelas e expressões extremas de pobreza, choquei-me com o multiplicar de condomínios fechados e cercas elétricas e/ou de arame farpado a rodear cada condomínio, cada prédio, cada casa, mesmo em pleno centro da cidade.
Uberlândia, nome de parque temático e imagem aérea noturna de surpreendente beleza em razão da regularidade e formas do seu alinhamento na paisagem. Uberlândia, ponto primeiro de passagem nesta jornada que há-de levar-me a outras terras sobre cujas surpresas que me possam estar reservadas me interrogo.
A Universidade da Uberlândia está em greve, à semelhança das demais universidades federais, em greve de professores há mais de dois meses, digo, por razões que me escapam mas que hão-de ser bem menores que as que achacam os professores e as universidades portuguesas nesta altura. É a relatividade das coisas. De momento, no entanto, a UMinho e Portugal estão distantes. Sobram-me as notícias da desgraça que me são trazidas pelos comentários colocados no Facebook e pelos títulos disponíveis no Twitter. De momento, digo, são esses os laços que mantenho com a minha terra. Para mágoa, já me bastam.

José Cadima

sexta-feira, julho 06, 2012

És um amor!

"Escrevo-te para te exprimir a minha surpresa e alegria por te ter visto aparecer na hora do embarque. Fiquei deveras sensibilizado.
És um amor!"


José Cadima

quinta-feira, abril 26, 2012

Estou aí!

Vale a pena viver quando não sabemos o que vai ser a morte.
Vale a pena viver quando queremos mudar o mundo.
Quanto mais vejo as incongruências e dureza deste mundo, mais quero viver!
Viva a vida e viva eu!
O mundo que se cuide, pois eu estou aí!



C.P.