Quão bela é a criatividade humana. Chega, até, a questionar o domínio dos deuses.
Assemelhava-se o homem a um chimpanzé. Vivia da colecta de frutos e da captura de animais. Ansiava dar às suas mãos uso e logo agarrou um pedaço do céu.
Doravante, via-se-lhe nos olhos um novo ser. Os deuses eram agora mortais. O poder de criar não morria.
Não fomos expulsos do Éden. Criámo-lo nós próprios. Deitámos por terra a perfeição por se ter tornado coisa antiquada. O horror vinha do instinto animal. O poder de criar, roubámo-lo ao céu.
Fez-se história: criámos o horror e a arte; separámos a vida e a morte; gritámos com a morte. Impusemos-lhe mais anos de vida. Aprendemos que a uma criança não se dá uma tesoura.
Aos deuses restou-lhes arrependerem-se de não serem tão bons pais.
José Pedro Cadima
Assemelhava-se o homem a um chimpanzé. Vivia da colecta de frutos e da captura de animais. Ansiava dar às suas mãos uso e logo agarrou um pedaço do céu.
Doravante, via-se-lhe nos olhos um novo ser. Os deuses eram agora mortais. O poder de criar não morria.
Não fomos expulsos do Éden. Criámo-lo nós próprios. Deitámos por terra a perfeição por se ter tornado coisa antiquada. O horror vinha do instinto animal. O poder de criar, roubámo-lo ao céu.
Fez-se história: criámos o horror e a arte; separámos a vida e a morte; gritámos com a morte. Impusemos-lhe mais anos de vida. Aprendemos que a uma criança não se dá uma tesoura.
Aos deuses restou-lhes arrependerem-se de não serem tão bons pais.
José Pedro Cadima
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