quarta-feira, novembro 28, 2012

No cais de embarque

Avisto-te no cais de embarque,
ao longe,
e alegro-me por ver-te ali,
alegro-me tanto quanto me surpreendo.
Estou de saída, novamente.
Vou ao encontro do meu destino,
que és tu, no regresso da jornada.
Não estarás no cais de chegada, 
presumo.
Estiveste no cais de partida
e isso basta-me.
Regressar é quase sempre mais fácil,
quase sempre...

José Cadima

terça-feira, novembro 27, 2012

És o meu diamante

És o meu diamante
Aquele que reluz no escuro
Que eu identifico na multidão

És o meu diamante
Mais brilhante do que o sol
Mais claro que o luar

És o meu diamante
Reluzes sempre para mim
Mesmo antes de seres lapidado
A rugosidade superficial tento tirar
Faço deslizar-te na minha mão
Ofereces resistência
Mas o meu desejo é mais forte
Afinal, eu também sou um diamante...

C.P.

terça-feira, novembro 20, 2012

segunda-feira, novembro 19, 2012

Mentir

"Se dissesse que não pensei no que diria aquando deste momento, estaria a mentir."

José Pedro Cadima
(Braga, , 09/03/25)

quarta-feira, novembro 14, 2012

Mensagens curtas, endereçadas

"Permaneces um encanto. Pena é que tenhamos tantos obstáculos a complicarem o nosso quotidiano e a retirarem-nos o tempo que precisávamos para nós. Ser feliz, num tal contexto, é um exercício no limiar do impossível.Temos que tomá-lo como alcançável."

K

segunda-feira, novembro 12, 2012

Eternidade

Dás-me a eternidade
Ao dizeres que me amas
Dás-me a eternidade 
Quando me abraças
Dás-me a eternidade
Quando juntos lutamos
Contra a desigualdade
Contra a falta de democracia
É uma eternidade 
De que necessito
É uma eternidade
Que vais beber
Dou-te a eternidade
Digo que te amo...

C.P.

domingo, novembro 11, 2012

Partir, sem ti

Uma outra vez, parto sem ti,
mesmo se a ausência não se prevê longa.
De novo, parto sem ti
e a tua memóriia não me abandona nem um instante,
parte que és do meu existir.
Parto e interrogo-mo se não é saudável partir,
libertar-te  de uma presença
que, às vezes, me interrogo se não te sufoca.
Em boa verdade, o que mais sufoca,
a ambos, creio,  serão as margens que nos comprimem,
mas isso basta para que me sinta impelido a partir
e, logo depois, seja o fantasma da tua ausência
que me capture a mente, de forma insistente.
Equilíbrio precário este em que me balanço,
onde a tua ausência me é insuportável
mas a materialização do teu presente,
que não a tua materialidade,
me impelem  a partir,
na esperança de que a ausência seja breve
e, no regresso, o reencontro
seja  a única coisa que importe.

José Cadima

quinta-feira, novembro 08, 2012

Cartas com destinatário certo, e leitura incerta

"Havendo que ser pragmático e olhar para o presente e o futuro, acredito que podemos encontrar maneira de resolver as nossas diferenças e ajudar-nos mutuamente. Pelo que me diz respeito, preciso muito da tua ajuda."

José Cadima

segunda-feira, novembro 05, 2012

Cartas com destinatário certo, e leitura incerta

"O que me desconforta sobremaneira é não entender porque é que te recusas a falar comigo sobre as coisas que te preocupam e, mais do que isso, não entender do que é que me culpas nas coisas que não te correram bem ou não correm bem, no presente. 
Obviamente que terei cometido erros  mas creio que tens consciência que me preocupo contigo e tenho tentado dar-te o apoio que me tem sido possível. Se mais não tenho dado é porque não sei como fazê-lo.
Peço que aceites conversar comigo. Ouvir-te-ei com toda a atenção."

José Cadima

sexta-feira, novembro 02, 2012