Imagina só poderes ver os meus sonhos no meu reflexo. "Jornal de Parede" de José Pedro Cadima e de José Cadima
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terça-feira, agosto 14, 2012
sábado, fevereiro 04, 2012
sexta-feira, dezembro 30, 2011
Pergunta que fica, a fechar o ano
A culpa é toda minha, por não entender a tua psicologia feminina, mas quem seria capaz da entender?
José Cadima
José Cadima
sexta-feira, dezembro 23, 2011
Angústia, ansiedade, insónia
Há ocasiões em que sou levado a
sentir-me o mais infeliz dos seres, mesmo sabendo que mundo fora, neste país, nesta cidade há
pessoas que não têm asseguradas condições
básicas de sobrevivência: pão, paz, habitação.
Angústia, ansiedade, insónia, são
três das dimensões que corporizam o desconforto que me atinge, isto é, que me
agride.
Interrogo-me. Interrogo-me outra
vez e não alcanço resposta. Porque será que tenho que cruzar todas as etapas
deste calvário se nem sequer alimento a esperança de alcançar a redenção final,
dos justos, como alguém diria?
Um existir sofrido; poucas vezes
sereno. Vale a pena uma existência assim? E porquê se não regateio entrega, sacrifício
até, algumas vezes.
Estado de alma ou alma sem
estado, sem estância segura, sem lugar onde viver em paz? Será tempo de abandonar
esta luta ou, antes, de abraçá-la com mais força, na esperança derradeira de atingir
o oásis, um qualquer oásis, assumindo que os haja? E se não houver?
Há ocasiões em que sinto,
acredito que a quietude, o repouso de espírito, a paz exterior e interior são possíveis. Há ocasiões em que sinto que há-de haver razão para esta travessia
que faço, quer dizer, que julgo que o caminho que percorro tem razão de ser, que o meu
esforço, a minha entrega valem a pena, que a paz que tão ansiosamente procuro não
é apenas uma miragem, como têm sido os oásis que, ocasionalmente, tenho perscrutado
no horizonte.
Pobre da minha mente, pobre de
mim que já não vislumbro a diferença entre realidade e sonho, por ser pesadelo
continuado o quotidiano. Destino? Sorte? Mas porque hei-de sofrer de tamanha mal
sorte?
Há ocasiões em que me interrogo e
não encontro resposta alguma, sendo certo que não é a ausência de respostas que
me desespera mas, antes, esta intranquilidade que me agride, esta sensação de
caminho conducente a nenhures que percorro, esta condenação ao purgatório que
me terá sido destinada.
Um existir sofrido; raras vezes
sereno.
K
terça-feira, dezembro 13, 2011
Tu(Eu)
Senti-me mal. Apeteceu-me chorar. Apeteceu-me correr rua abaixo até não me restar energia para mais. Não fui capaz!
Decidi tomar um banho. A água morna acalmou-me, mas não chegava. Peguei num pente. O pente deslizou-me sobre os cabelos encaracolados. Arrancou montes deles. Penteei o cabelo para a frente para me tapar os olhos. Aos poucos, as pontas encaracolaram-se para cima e deixaram-me ver a minha cara no espelho.
Senti uma vez mais necessidade de gritar; senti que se não gritasse acabaria para abafar. Explodi!
É por isso que hoje não resta de mim senão o que está à vista.
José Pedro Cadima
domingo, dezembro 11, 2011
Notícias de um mundo paralelo: heterodoxias
"Sendo de saudar a heterodoxia, percebe-se amiúde que as leituras de situação feitas e as recomendações elaboradas reflectem um claro défice de visão e de reflexão sobre os princípios e a problemática da gestão da(s) organização(ões), isto é, bem intencionadas que são as ideias veiculadas, falha-lhes em muitos casos o pragmatismo associado à gestão e adequada estruturação da(s) organização(ões)."
J. Cadima Ribeiro
domingo, dezembro 04, 2011
sexta-feira, dezembro 02, 2011
quarta-feira, novembro 23, 2011
A foto (revisitada)
Estás linda!
Não há foto que te tirem
em que não surjas linda,
deslumbrante,
pelo menos, a meus olhos.
Que lindas as tuas fotos,
umas atrás de outras.
Podiam ter qualquer cenário como fundo
pois, só por tu lá estares,
desviar-se-ia para ti
toda a atenção do observador.
Nesta, encontro-lhe uma falha:
eu não estar nela contigo!
José Pedro Cadima
Não há foto que te tirem
em que não surjas linda,
deslumbrante,
pelo menos, a meus olhos.
Que lindas as tuas fotos,
umas atrás de outras.
Podiam ter qualquer cenário como fundo
pois, só por tu lá estares,
desviar-se-ia para ti
toda a atenção do observador.
Nesta, encontro-lhe uma falha:
eu não estar nela contigo!
José Pedro Cadima
segunda-feira, novembro 14, 2011
Fechando os olhos
Fechando os olhos,
posso ainda ver
cores, sentimentos, sonhos, frustrações.
Vejo sentimentos, digo,
que são de tristeza, sobretudo,
mas poderiam ser, também, de esperança.
Na escuridão e para além dela,
vejo, sinto a cor do meu sangue,
vermelho vivo.
Vivo que me pressinto,
de olhos fechados, imagino-me outro,
ensaio transportar-me para outro lugar,
onde a esperança não se ofereça sobra
da tristeza e da desesperança.
Amanhã será um dia novo!
José Cadima
posso ainda ver
cores, sentimentos, sonhos, frustrações.
Vejo sentimentos, digo,
que são de tristeza, sobretudo,
mas poderiam ser, também, de esperança.
Na escuridão e para além dela,
vejo, sinto a cor do meu sangue,
vermelho vivo.
Vivo que me pressinto,
de olhos fechados, imagino-me outro,
ensaio transportar-me para outro lugar,
onde a esperança não se ofereça sobra
da tristeza e da desesperança.
Amanhã será um dia novo!
José Cadima
sábado, novembro 12, 2011
Esboço de conversa (4)
Depois das notícias que te dei a meio da semana, esperava que me dissesses alguma coisa, isto é, se estavas satisfeito com o desenvolvimento que o assunto que te preocupava teve entretanto. Fiquei a desejar, também, que me dissesses que pensas fazer e se precisas que te ajude nalguma iniciativa que pretendas tomar.
Preferiste o silêncio, o que lamento, sobretudo se for sinal de que o problema que me pediste para ajudar a resolver era apenas um pretexto para tu não abandonares esse estado de letargia em que te encerraste. Espero, sinceramente, que não seja o caso.
Quando é que voltarei a ter oportunidade de jantar ou ter uma simples conversa descontraída contigo?
J. Cadima Ribeiro
terça-feira, novembro 08, 2011
Esboço de conversa (3)
Espero que gostes das merendeiras doces que te deixei, que me foram enviadas pela tua avó.
Tenho boas notícias para te dar relativamente ao assunto sobre que falámos ultimamente. Como vês, as coisas resolveram-se.
Agora, fica a faltar a tua parte, isto é, que comeces a resolver as coisas da tua vida. Nisso, poderás contar connosco mas a parte principal cabe-te a ti e implica que tomes uma atitude construtiva em relação à tua vida. Vais começar a fazê-lo? Fá-lo pela tua mãe, por mim e, sobretudo, por ti.
J. Cadima Ribeiro
sábado, novembro 05, 2011
Quem comanda as nossas vidas...
«Dizia o conferencista (Tomas Villasante, professor da Universidade Complutense de Madrid) que quem comanda as nossas vidas são interesses económicos mais ou menos obscuros, corporizados nalgumas organizações internacionais e grupos económico/financeiros nacionais e internacionais, referidos comummente como mercado(s).
O movimento dos “indignados” seria assim filho legítimo da ditadura que temos, que é a dos mercados, e de poderes políticos que, reclamando-se de representativos, não representarão senão os interesses desses “mercados” e dessa classe política decadente, que tenta a todo o custo perpetuar-se.»
J. Cadima Ribeiro
terça-feira, novembro 01, 2011
domingo, outubro 30, 2011
Esboço de conversa (2)
Eu disse-te que ia tratar do assunto e é o que estou a fazer. É preciso ter presente todas as situações por forma a encontrar a solução que melhor nos sirva.
Peço-te que me dês o tempo necessário. Quando tiver notícias que valha a pena transmitir-te, eu próprio o farei.
José Cadima
domingo, outubro 23, 2011
"Mais vivo que qualquer outro texto que escrevi"
A dificuldade de eleger um tema
(título de texto de opinião, datado de Domingo, 23 de Outubro de 2011, disponível em ComUM)
sábado, outubro 22, 2011
Conversas por concretizar (6)
Quando te decides a estar comigo? Gostava muito de voltar a poder ir contigo a um espectáculo ao Teatro Circo ou ao cinema. Tens ido ao cinema ultimamente? Era bom que fosses. Têm passado alguns filmes interessantes, nomeadamente de ficção científica. Também tem havido espectáculos musicais que estou convencido que gostarias de ter ido ver.
Vou continuar a aguardar que me dês resposta nalguma próxima ocasião. Sentir-te-ás melhor no dia em que o fizeres, e a partir dessa altura estaremos mais perto de encontrarmos, em conjunto, resposta para os problemas que certamente tens.
José Cadima
sexta-feira, outubro 21, 2011
Para onde vais?
Por onde andas?
Para onde vais?
Nem sei se vens hoje…
E amanhã, onde estarás?
Nestes dias incertos,
segura será a incerteza do devir,
próximo ou longínquo.
Resistindo,
que a vida ameaça
não ir além de um acto de resistência,
interrogo-me se virás ou não, hoje,
dando por certo que por onde andarei amanhã
nem eu o sei.
Por onde andas?
Para onde vais?
Perscruto o horizonte
em busca de um sinal de esperança.
K
Para onde vais?
Nem sei se vens hoje…
E amanhã, onde estarás?
Nestes dias incertos,
segura será a incerteza do devir,
próximo ou longínquo.
Resistindo,
que a vida ameaça
não ir além de um acto de resistência,
interrogo-me se virás ou não, hoje,
dando por certo que por onde andarei amanhã
nem eu o sei.
Por onde andas?
Para onde vais?
Perscruto o horizonte
em busca de um sinal de esperança.
K
sábado, outubro 15, 2011
Os últimos comentários que chegaram de Lisboa
«Qualquer dia, os alunos da Universidade do Minho até vão ser capazes de criar negócios e usar o seu tempo de forma útil. Não que não os haja, mas têm só uma expressão residual face aqueles que são fãs devotos de Harry Potter.
[...]
Sabes [...], eu vivo no Chiado. Por isso, posso sair até esta hora! Só vi agora a noticia de que na UMinho se iam proibir as praxes! Questiono-me se os alunos passarão agora a ser capazes de se organizar por clubes ou organizações que contribuam para expandir a diversidade de actividades por lá existentes.»
José Pedro Cadima
(comentários originalmente produzidos no Facebook)
quinta-feira, outubro 13, 2011
Conversas por concretizar (4)
Continuo a aguardar o momento em que tenhas vontade de falar comigo.
Sabes: lembro-me muito bem daquela situação, há pouco mais de 2 anos, em que me apareceste no estúdio, muito perturbado, dizendo-me que não querias continuar a frequentar as aulas onde tinhas acabado de te inscrever. Dizias-me tu que precisavas de um tempo (um ano sabático) para recuperares a motivação e a vontade de estudar e fazer coisas. Mais me dizias que o que tinhas em mente era, futuramente, ter um negócio. Entretanto, tencionavas procurar um trabalho que te désse algum dinheiro, que te poderia servir também para ajudar a montar esse negócio.
Sei que depois, com a minha ajuda e a do teu avô, chegaste a procurar emprego. Eu cheguei mesmo, mercê da ajuda de um amigo e de grande insistência minha, a identificar uma empresa que aceitava ter-te lá como estagiário. Fomos lá, ambos, falar com um dos responsáveis e, depois, deixaste-me uma semana a secar para, com desculpas esfarrapadas, acabares por recusar o estágio. Foi pena. Estou certo que tinhas começado aí um projecto de vida, ainda que depois quisesses fazer outra coisa.
Insisto: o tens feito não faz sentido, quer dizer, não te leva a lado algum. Peço-te que te interrogues sobre tudo isto e concluas, como só podes concluir, que o que estás a fazer é errado, e o primeiro e maior prejudicado és tu, mesmo que com a tuas atitudes me queiras penalizar igualmente a mim e a mais não sei quem.
José Cadima
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