Está tudo tão sem graça,
tão industrial.
É como se a vida
não passasse de uma peça de maquinaria.
Se assim é, se assim tiver que ser
deixai-me, pelo menos, ser o manobrador desta máquina,
deste engenho que me pertence.
Quero poder rodar manivelas.
Quero ensaiar novos ritmos de rotação.
Quero saltar sobre os maus tempos.
Quero ser o operador desta vida
que é a minha.
José Pedro Cadima
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