domingo, outubro 30, 2011

Esboço de conversa (2)

Eu disse-te que ia tratar do assunto e é o que estou a fazer. É preciso ter presente todas as situações por forma a encontrar a solução que melhor nos sirva.
Peço-te que me dês o tempo necessário. Quando tiver notícias que valha a pena transmitir-te, eu próprio o farei.

José Cadima

sexta-feira, outubro 28, 2011

Delete it forever

Meu amor
Apaga as minhas palavras
Cujo sentido só eu conheço
Delete it forever
Ever and ever

Tentarei compreender que és homem
E que eu sou mulher
Delete it forever
End with my shame

C.P.

Esboço de conversa

Fico muito grato por, finalmente, teres tido a simpatia de reagir às minhas mensagens, apesar do assunto sobre que centras a tua atenção não ser o mais importante, para mim.
Nota o seguinte: vou imediatamente desencadear o processo conducente a que as tuas preocupações sejam atendidas, pese saber quanto isso vai ser oneroso. No que estiver ao meu alcance, o assunto vai resolver-se.
Isso resolvido, ficas sem desculpas para não colaborares connosco e não abandonares esse teu desinteresse por tudo o que se passa fora do teu pequeno mundo. Espero que entendas isso de forma bem clara e, sobretudo, entendas que me vou envolver nesse assunto por ti, isto é, por saber quanto isso te incomoda.

José Cadima

terça-feira, outubro 25, 2011

O azar e a sorte (II)

Sei que eles andam por aí.
O azar, sobretudo.
Vigiam os nossos passos;
controlam tudo;
batalham em todos os campos.
São poderosos,
tão poderosos que decidem o nosso destino.
Desafortunadamente,
no meu caso, só o azar
parece conhecer o meu caminho.

José Pedro Cadima

sábado, outubro 22, 2011

Conversas por concretizar (6)

Quando te decides a estar comigo? Gostava muito de voltar a poder ir contigo a um espectáculo ao Teatro Circo ou ao cinema. Tens ido ao cinema ultimamente? Era bom que fosses. Têm passado alguns filmes interessantes, nomeadamente de ficção científica. Também tem havido espectáculos musicais que estou convencido que gostarias de ter ido ver.
Vou continuar a aguardar que me dês resposta nalguma próxima ocasião. Sentir-te-ás melhor no dia em que o fizeres, e a partir dessa altura estaremos mais perto de encontrarmos, em conjunto, resposta para os problemas que certamente tens.

José Cadima

sexta-feira, outubro 21, 2011

Para onde vais?

Por onde andas?
Para onde vais?
Nem sei se vens hoje…
E amanhã, onde estarás?
Nestes dias incertos,
segura será a incerteza do devir,
próximo ou longínquo.
Resistindo,
que a vida ameaça
não ir além de um acto de resistência,
interrogo-me se virás ou não, hoje,
dando por certo que por onde andarei amanhã
nem eu o sei.

Por onde andas?
Para onde vais?
Perscruto o horizonte
em busca de um sinal de esperança.

K

terça-feira, outubro 18, 2011

Conversas por concretizar (5)


«Tens razão se pensas que o mundo está perigoso, mas a resposta não é isolares-te. É, antes, enfrentá-lo com inteligência e tudo fazer para sair vitorioso.»

José Cadima

sábado, outubro 15, 2011

Os últimos comentários que chegaram de Lisboa

«Qualquer dia, os alunos da Universidade do Minho até vão ser capazes de criar negócios e usar o seu tempo de forma útil. Não que não os haja, mas têm só uma expressão residual face aqueles que são fãs devotos de Harry Potter.
[...]
Sabes [...], eu vivo no Chiado. Por isso, posso sair até esta hora! Só vi agora a noticia de que na UMinho se iam proibir as praxes! Questiono-me se os alunos passarão agora a ser capazes de se organizar por clubes ou organizações que contribuam para expandir a diversidade de actividades por lá existentes.»

José Pedro Cadima

(comentários originalmente produzidos no Facebook)

quinta-feira, outubro 13, 2011

Conversas por concretizar (4)

Continuo a aguardar o momento em que tenhas vontade de falar comigo.
Sabes: lembro-me muito bem daquela situação, há pouco mais de 2 anos, em que me apareceste no estúdio, muito perturbado, dizendo-me que não querias continuar a frequentar as aulas onde tinhas acabado de te inscrever. Dizias-me tu que precisavas de um tempo (um ano sabático) para recuperares a motivação e a vontade de estudar e fazer coisas. Mais me dizias que o que tinhas em mente era, futuramente, ter um negócio. Entretanto, tencionavas procurar um trabalho que te désse algum dinheiro, que te poderia servir também para ajudar a montar esse negócio.
Sei que depois, com a minha ajuda e a do teu avô, chegaste a procurar emprego. Eu cheguei mesmo, mercê da ajuda de um amigo e de grande insistência minha, a identificar uma empresa que aceitava ter-te lá como estagiário. Fomos lá, ambos, falar com um dos responsáveis e, depois, deixaste-me uma semana a secar para, com desculpas esfarrapadas, acabares por recusar o estágio. Foi pena. Estou certo que tinhas começado aí um projecto de vida, ainda que depois quisesses fazer outra coisa.
Insisto: o tens feito não faz sentido, quer dizer, não te leva a lado algum. Peço-te que te interrogues sobre tudo isto e concluas, como só podes concluir, que o que estás a fazer é errado, e o primeiro e maior prejudicado és tu, mesmo que com a tuas atitudes me queiras penalizar igualmente a mim e a mais não sei quem.

José Cadima

terça-feira, outubro 11, 2011

Solidão

A solidão é:
um estado de alma;
ausência e presença;
uma angústia que perdura;
uma presença ausente;
uma promessa cumprida,
segura.

A solidão é:
um existir sofrido,
algumas vezes sereno,
como só o sabem ser as coisas serenas;
um estado de alma;
uma alma sem estado,
perdida,
por vezes, à procura de paz,
algumas vezes, sem quietude possível.

A solidão
sou eu,
és tu,
é um ponto de encontro
por encontrar.

K

segunda-feira, outubro 10, 2011

Conversas por concretizar (3)

"Falei este fim de semana com a tua avó. Também ela está muito preocupada contigo e desejosa de te rever. Ela e o teu primo estão a equacionar vir a Braga em Outubro para estarem contigo.
Há quanto tempo não vais a Leiria? Tenho pena que estejas há tanto tempo sem te deslocares lá, tanto mais que no passado gostavas imenso de ir a Leiria, de conviver com os teus primos e de te envolver naquela realidade tão diferente da que tens em Braga. Porque é que deixaste de gostar de ir a Leiria. Sinceramente, ainda não percebi o porquê disso."

José Cadima

Árvores com muletas (S. Pedro de Moel)















[Foto da autoria de C.P.]

domingo, outubro 09, 2011

A cada passo

"Procuro, procuro em meu redor
e não acho nada."
"A cada passo, os pesadelos
entrepõem-se-me nos sonhos."

K
(a partir de "sugestão" de José Pedro Cadima)

sábado, outubro 08, 2011

Conversas por concretizar (2)

"Falando de ser teu amigo e preocupar-me com o teu bem estar, pergunto-te: lembras-te de quando eu te levava ao cinema? Lembras-te que o fiz desde que eras muito pequeno? Lembras-te de quando te levava ao baloiço e até de quando te levava comigo para o trabalho, em tempo de férias? Não achas que isso era expressão de quanto eu gostava de ti e de quanto queria ver-te crescer e ser feliz? Achas que alguma vez deixou de ser assim?
Sei que tinha pouco tempo para vós, o que lamento. Porventura, dei demasiada atenção ao trabalho. Isso nunca foi resultado de me preocupar menos convosco. O trabalho foi sempre um elemento de equilíbrio da minha vida, mesmo quando as coisas me corriam pior em dimensões privadas da minha existência; sobretudo nesses momentos."

José Cadima

quarta-feira, outubro 05, 2011

Conversas por concretizar

"Naturalmente, há coisas que sempre fazemos que te não agradarão. Todos nós temos as nossas limitações, mas nada disso justifica descortesias e atitudes menos avisadas.
Uma coisa que me incomoda e me suscita dúvidas é o porquê de teres desistido de projectos em que parecias tão empenhado. És capaz de me explicar essa tua atitude? Já te questionas-te do porquê de desistires de algo que desejavas ter ou fazer? Até quando vais desistir de lutar por coisas que já desejaste ter e fazer?
Nota o seguinte: o que tens vindo a fazer é adiar a tua vida, alimentar frustrações, tornar-te ´pesado`, quando era o inverso que deveria estar a acontecer, isto é, deveríamos poder ter a tua ajuda para vivermos melhor este momento muito difícil das nossas vidas.
Fiquei contente por ver que tens um gato. Achei o gato engraçado, se bem que entenda que os gatos não são para estar permanentemente fechados em casa."

José Cadima

segunda-feira, outubro 03, 2011

Rede natural, colorida

















[Foto da autoria de C.P.]

Mágoas indeléveis

Na minha vida aconteceram muitas coisas que me afectaram muito, e em primeiro lugar, a morte da minha filha, Joana Catarina. Tentei ultrapassar as mágoas que tal circunstancia provocou em mim mas acredito que, em grande medida, não fui capaz. Não foi por isso que alguma vez deixei de dar o apoio e o acompanhamento que os meus filhos que nasceram depois precisavam mas, seguramente, isso fez com que eu ficasse aquém do que eles precisariam e desejariam de mim.
Talvez um dia possa ter a sua compreensão para esta realidade que me penaliza até aos dias de hoje, e que, porventura, me acompanhará até aos últimos dias da minha vida.

José Cadima

domingo, outubro 02, 2011