Sou eu aquele a quem o diabo vendeu a alma.
Sou eu o terror no medo e o desespero no terror.
Ao desespero deixo-o sozinho.
Sabe deus quanto lhe custou um anjo.
Sei que o comprei por menos.
Sabe o homem o que é a dor
até ao momento imediatamente antes do pós-guerra.
Sei qual é a alegria de a começar.
Cultivam-se e esmagam-se plantas,
das mais feias às mais belas.
Sou eu que o digo, que sei bem do que falo.
Olho o homem nos olhos:
fica-lhe bem a morte!
José Pedro Cadima
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