Há poucos dias, li algures uma breve nota de alguém que se confessava impressionado pelos “espasmos femininos perante os primeiros raios de sol”. A mim, as mulheres também me tocam bastante - umas mais que outras, está bom de ver - mas é mais pela apetência que mostram para se sacanearem umas às outras. A essa luz, prefiro antes que se interessem por exibir a barriguinha ou o rabo ou os respectivos jipes e outros carros exuberantes. Em razão do que digo, saúdo a chegada do sol acontecida entretanto, depois de continuadas semanas de penúria.
Não sei se uma coisa tem que ver com a outra, embora desconfie que tenha, nalguma medida, mas registei com curiosidade o facto do ministro das finanças ter escolhido uma hora tardia, menos exposta à influência do sol, para fazer a apresentação pública do Orçamento de Estado para o presente ano. Porventura, deste modo, ficou muito melhor evidenciado o tom cinzento, quase fúnebre, da proposta. Podendo fazer todo o sentido que a conferência de imprensa em causa se iniciasse noite alta, como digo, esse talvez tenha sido, apesar de tudo, o elemento inovador deste orçamento de Estado, já que, em matéria de proposta económica e de políticas de preços e rendimentos e fiscal, tudo suou a mais do mesmo, com os resultados a nível de relançamento da economia portuguesa e de reequilíbrio orçamental que são bem conhecidos.
Face a esta realidade, pergunto: mas não haverá mesmo por aí alguém, professor de economia ou simples contabilista, com um pouco mais de imaginação que Teixeira dos Santos, e, já agora, mais “charmoso” e bem falante, de modo a ser capaz de angariar um pequeno clube feminino de “fans”, pelo menos? Não sei, talvez alguém como o Miguel Beleza ou um seu seguidor. Não é verdade que o povo costuma dizer que, se não tens cão, caça com gato? Deixo aqui a proposta à consideração do primeiro-ministro que, lá porque falhou uma primeira vez (que, por acaso, até foi a segunda), não tem que crer que falhará à segunda (que, por acaso, até será a terceira).
Todo este enredo me conduz, por outro lado, a inquirir se não é esta mesmíssima razão (o aparecimento do sol esta semana) que estará por detrás da decisão que o PSD terá tomado de secundar o governo português no apoio à candidatura de Vítor Constâncio a vice-governador do Banco Central Europeu, lugar para que esteve apontado há uns anos mas que recusou, peremptoriamente, na ocasião. Então, creio que não era comum fazer sol em Frankfurt, ao contrário do que acontece hoje em dia em que, ordinariamente, o sol rareia mais vezes em Portugal que na Alemanha; mas, está bom de ver, também é verdade que, por mau que seja o respectivo ministro das finanças, dificilmente poderá ser tão mau quanto Teixeira dos Santos.
Mau será, também, se se vier a saber que, para ocupar o lugar que possa ser liberto por Vítor Constâncio, acabe por ser nomeada uma figura já não cinzenta mas parda, oriunda do PSD. A ver vamos, como escrevia ainda há pouco tempo um caro amigo meu, por sinal amigo também do editor deste blogue.
Olhem: com mais ou menos sol, fiquem bem! Este é o voto que este vosso amigo vos quer endereçar neste Sábado, vésperas de um domingo que se acredita poder ser ensolarado, para benefício das mulheres e para regalo dos olhos dos homens.
J. C.
Não sei se uma coisa tem que ver com a outra, embora desconfie que tenha, nalguma medida, mas registei com curiosidade o facto do ministro das finanças ter escolhido uma hora tardia, menos exposta à influência do sol, para fazer a apresentação pública do Orçamento de Estado para o presente ano. Porventura, deste modo, ficou muito melhor evidenciado o tom cinzento, quase fúnebre, da proposta. Podendo fazer todo o sentido que a conferência de imprensa em causa se iniciasse noite alta, como digo, esse talvez tenha sido, apesar de tudo, o elemento inovador deste orçamento de Estado, já que, em matéria de proposta económica e de políticas de preços e rendimentos e fiscal, tudo suou a mais do mesmo, com os resultados a nível de relançamento da economia portuguesa e de reequilíbrio orçamental que são bem conhecidos.
Face a esta realidade, pergunto: mas não haverá mesmo por aí alguém, professor de economia ou simples contabilista, com um pouco mais de imaginação que Teixeira dos Santos, e, já agora, mais “charmoso” e bem falante, de modo a ser capaz de angariar um pequeno clube feminino de “fans”, pelo menos? Não sei, talvez alguém como o Miguel Beleza ou um seu seguidor. Não é verdade que o povo costuma dizer que, se não tens cão, caça com gato? Deixo aqui a proposta à consideração do primeiro-ministro que, lá porque falhou uma primeira vez (que, por acaso, até foi a segunda), não tem que crer que falhará à segunda (que, por acaso, até será a terceira).
Todo este enredo me conduz, por outro lado, a inquirir se não é esta mesmíssima razão (o aparecimento do sol esta semana) que estará por detrás da decisão que o PSD terá tomado de secundar o governo português no apoio à candidatura de Vítor Constâncio a vice-governador do Banco Central Europeu, lugar para que esteve apontado há uns anos mas que recusou, peremptoriamente, na ocasião. Então, creio que não era comum fazer sol em Frankfurt, ao contrário do que acontece hoje em dia em que, ordinariamente, o sol rareia mais vezes em Portugal que na Alemanha; mas, está bom de ver, também é verdade que, por mau que seja o respectivo ministro das finanças, dificilmente poderá ser tão mau quanto Teixeira dos Santos.
Mau será, também, se se vier a saber que, para ocupar o lugar que possa ser liberto por Vítor Constâncio, acabe por ser nomeada uma figura já não cinzenta mas parda, oriunda do PSD. A ver vamos, como escrevia ainda há pouco tempo um caro amigo meu, por sinal amigo também do editor deste blogue.
Olhem: com mais ou menos sol, fiquem bem! Este é o voto que este vosso amigo vos quer endereçar neste Sábado, vésperas de um domingo que se acredita poder ser ensolarado, para benefício das mulheres e para regalo dos olhos dos homens.
J. C.