Em busca de reconhecimento,
sem nada ter feito.
Em busca de futuro,
tendo-te dado tão pouco.
Hoje aqui,
amanhã num qualquer lugar remoto.
Quero ser tanto na vida
que me esqueço de quem sou.
José Pedro Cadima
Imagina só poderes ver os meus sonhos no meu reflexo. "Jornal de Parede" de José Pedro Cadima e de José Cadima
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domingo, março 10, 2013
terça-feira, fevereiro 26, 2013
Das coisas mais e menos prosaicas
[José Pedro Cadima] "Estando habituado a ler livros em que médicos, historiadores
e profissionais de diversas profissões se aventuraram na escrita de ficção, nem
mesmo a circunstância de ter decidido dedicar-se ao estudo da Economia, porventura
uma ciência mais enfeudada ao tratamento de questões mais prosaicas da vida em
sociedade, o levou a desistir da escrita de textos poéticos e ficcionais."
(excerto de nota biográfica produzida há uns quantos anos)
quinta-feira, setembro 27, 2012
Lembrando: "À chuva"
Sempre a meu lado,
José Pedro Cadima
vais à chuva,
sempre à chuva!
E eu, pelo guarda-chuva
coberto e liberto
e, no entanto, preocupado.
Porque vais à chuva?
sempre à chuva!
E eu, pelo guarda-chuva
coberto e liberto
e, no entanto, preocupado.
Porque vais à chuva?
terça-feira, julho 31, 2012
Ainda: "Vermelho-consequência"
De
vermelho-consequência
cobre-se quem dá importância
à própria ilusão da imagem.
São seres marcados nas pernas
com queimaduras de cera
e com os braços cobertos
de pêlos grossos, lilases.
Confundem-se com o real!
Confundem o real.
São seres de olhos vermelho-verde,
de lábios vermelho-rosa,
de faces num tom vermelho-azul,
e sem noção da relação causa-consequência.
Confundem-se com o real!
José Pedro Cadima
cobre-se quem dá importância
à própria ilusão da imagem.
São seres marcados nas pernas
com queimaduras de cera
e com os braços cobertos
de pêlos grossos, lilases.
Confundem-se com o real!
Confundem o real.
São seres de olhos vermelho-verde,
de lábios vermelho-rosa,
de faces num tom vermelho-azul,
e sem noção da relação causa-consequência.
Confundem-se com o real!
José Pedro Cadima
segunda-feira, julho 02, 2012
Gargalhadas amargas (+)
Na mesma medida em que
anseio o frémito
desta terra de oportunidades,
rejeito-lhe a iniquidade,
a mesquinhez que grassa.
Daí que sejam amargas
as gargalhadas que por vezes liberto.
José Pedro Cadima
quinta-feira, junho 28, 2012
Sight* (2)
A evolução é um processo de tentativa e erro. Visa a perfeição e é construída tentando contornar defeitos e passos errados
múltiplos que se vão dando, continuadamente. É nesse princípio que busco inspiração para o
meu crescimento, ensaiando dar passos em frente, aceitando, mal, os passos
atrás.
Esta aprendizagem tem momentos penosos, assaz penosos. É o custo da aproximação ao transcendente, que não é já ali, tanto quanto desejava que fosse.
Esta aprendizagem tem momentos penosos, assaz penosos. É o custo da aproximação ao transcendente, que não é já ali, tanto quanto desejava que fosse.
Vou no bom caminho, acredito. Hei-de lá chegar. Vale-me a crença!
José Pedro Cadima
segunda-feira, junho 25, 2012
Ser perfeito (2)
Ai, meu bom amigo, que nem a tua presença me faz sentir
melhor. É como se fosse mau ter emoções. Se não sentisse nada, seria Deus na
terra.
Nesse passo para ser Deus, a minha sabedoria é já quase infinita, e as minhas considerações sempre justas.
Neste entretanto, pena tenho eu de não ser perfeito, o que torna isto de viver um grande desafio. Resta-me a consolação de estar no bom caminho.
José Pedro Cadima
Nesse passo para ser Deus, a minha sabedoria é já quase infinita, e as minhas considerações sempre justas.
Neste entretanto, pena tenho eu de não ser perfeito, o que torna isto de viver um grande desafio. Resta-me a consolação de estar no bom caminho.
José Pedro Cadima
sábado, março 26, 2011
Maré (II)
Eras a onda que me embalava.
Eras a maré com que me debatia.
Eras o meu tormento
e o derradeiro prémio.
Estranguladora e libertadora,
eras a morte da minha criatividade,
a minha paz eterna.
José Pedro Cadima
Eras a maré com que me debatia.
Eras o meu tormento
e o derradeiro prémio.
Estranguladora e libertadora,
eras a morte da minha criatividade,
a minha paz eterna.
José Pedro Cadima
terça-feira, dezembro 21, 2010
À chuva
Sempre ao meu lado,
vais à chuva,
sempre à chuva.
E eu, coberto por guarda-chuva
que ora me parece real
ora se me oferece imaginário,
enquanto a minha mente deambula
por paragens eternamente soalheiras,
pergunto-me:
porque vais à chuva?
José Pedro Cadima
vais à chuva,
sempre à chuva.
E eu, coberto por guarda-chuva
que ora me parece real
ora se me oferece imaginário,
enquanto a minha mente deambula
por paragens eternamente soalheiras,
pergunto-me:
porque vais à chuva?
José Pedro Cadima
quinta-feira, setembro 16, 2010
Vontade (II)
Vontade é voltar a escrever. Vontade é fugir à rotina; fugir...
Desgraçadamente, vontade de escrever é coisa que não tenho. Pior: não tenho mesmo vontade de outra coisa que não seja partir para longe, fugir…
E vendo a vida correr, sobressaltado, dou um salto: tau – bato com a cabeça no céu, que, não parecendo, estava ali tão perto.
É como ter vontade de voar e não ter asas, ainda que, neste caso, isso pouco importe porque nem essa vontade me assiste.
Fugir? Regressar? Fugir?
José Pedro Cadima
Desgraçadamente, vontade de escrever é coisa que não tenho. Pior: não tenho mesmo vontade de outra coisa que não seja partir para longe, fugir…
E vendo a vida correr, sobressaltado, dou um salto: tau – bato com a cabeça no céu, que, não parecendo, estava ali tão perto.
É como ter vontade de voar e não ter asas, ainda que, neste caso, isso pouco importe porque nem essa vontade me assiste.
Fugir? Regressar? Fugir?
José Pedro Cadima
terça-feira, setembro 14, 2010
Quem sou? (II)
Em busca de reconhecimento
sem nada ter feito.
Em demanda da linha do horizonte
não ousando apressar o passo.
Em busca do Olimpo
descrendo dos deuses.
Quero ser tanto na vida
que me esqueço de quem sou.
José Pedro Cadima
sem nada ter feito.
Em demanda da linha do horizonte
não ousando apressar o passo.
Em busca do Olimpo
descrendo dos deuses.
Quero ser tanto na vida
que me esqueço de quem sou.
José Pedro Cadima
quinta-feira, agosto 26, 2010
Tons preto e branco (II)
Cresce-se a pouco e pouco,
com saltos de permeio.
Viver é vibração, intensidade,
tontura, frustração, desapontamento,
muita frustração e alguma expectativa.
Momentos há, ainda, em que se sente
e não se entende
o porquê da música no ar.
É assim que eu vejo a vida,
embora talvez seja só eu que entenda as coisas assim.
Neste alvoroço,
vou aprendendo a abraçar as diversas almas
que me vão assombrando.
Em razão dos olhos que tenho,
é assim que eu vejo a vida.
Porventura, por serem tão escuros,
levam-me a que veja tudo ao som de música
e em tons preto e branco.
Se as imagens me chegam a preto e branco,
já a música é corrida,
“alegro” poucas vezes,
melancólica noutras vezes
e triste em muitas ocasiões.
Momentos há em que sinto
e não entendo
o porquê da música no ar.
José Pedro Cadima
com saltos de permeio.
Viver é vibração, intensidade,
tontura, frustração, desapontamento,
muita frustração e alguma expectativa.
Momentos há, ainda, em que se sente
e não se entende
o porquê da música no ar.
É assim que eu vejo a vida,
embora talvez seja só eu que entenda as coisas assim.
Neste alvoroço,
vou aprendendo a abraçar as diversas almas
que me vão assombrando.
Em razão dos olhos que tenho,
é assim que eu vejo a vida.
Porventura, por serem tão escuros,
levam-me a que veja tudo ao som de música
e em tons preto e branco.
Se as imagens me chegam a preto e branco,
já a música é corrida,
“alegro” poucas vezes,
melancólica noutras vezes
e triste em muitas ocasiões.
Momentos há em que sinto
e não entendo
o porquê da música no ar.
José Pedro Cadima
domingo, março 14, 2010
O passo seguinte (2)
Não é por caminharmos
que se dá a nossa evolução.
Não é por apressarmos o passo
que vamos mais longe.
É porque imaginamos
o passo seguinte.
É porque projectamos
uma trajectória para diante.
Sentir medo
mas sentir-lhe o apelo;
ousar seguir caminho.
Materializado o primeiro passo,
está esboçada a oportunidade de dar outros.
Evoluímos quando somos capazes
de projectar o passo seguinte
ancorados na materialidade do passo antecedente.
José Pedro Cadima
que se dá a nossa evolução.
Não é por apressarmos o passo
que vamos mais longe.
É porque imaginamos
o passo seguinte.
É porque projectamos
uma trajectória para diante.
Sentir medo
mas sentir-lhe o apelo;
ousar seguir caminho.
Materializado o primeiro passo,
está esboçada a oportunidade de dar outros.
Evoluímos quando somos capazes
de projectar o passo seguinte
ancorados na materialidade do passo antecedente.
José Pedro Cadima
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Ser perfeito
Ai, meu bom amigo, que nem a tua presença me faz sentir melhor. É como se fosse mau ter emoções. Se não sentisse nada, seria deus na terra.
Nesse passo para ser deus, a minha sabedoria é já quase infinita, e as minhas considerações sempre justas.
Neste entretanto, pena tenho eu de não ser perfeito, o que torna isto de viver um grande desafio.
José Pedro Cadima
Neste entretanto, pena tenho eu de não ser perfeito, o que torna isto de viver um grande desafio.
José Pedro Cadima
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Resíduo
O amor é
um elemento residual.
O que nos junta
é o vício e o conforto.
O amor é
um sentimento maldito:
reclama de nós entrega,
esconde dor.
Perscrutando o horizonte,
não te enxergo.
Admito que andes por aí,
resíduo…
José Pedro Cadima
um elemento residual.
O que nos junta
é o vício e o conforto.
O amor é
um sentimento maldito:
reclama de nós entrega,
esconde dor.
Perscrutando o horizonte,
não te enxergo.
Admito que andes por aí,
resíduo…
José Pedro Cadima
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Sight*
A evolução é um processo de tentativa e erro.Visa o primoroso e é construída tentando contornar defeitos e passos errados múltiplos que se vão sucedendo. É nesse princípio que busco inspiração para o meu crescimento, ensaiando dar passos em frente, aceitando, mal, os passos atrás.
Tem momentos penosos esta aprendizagem. É o custo da aproximação que prossigo ao transcendente, que não é já ali, tanto quanto desejava que fosse.
Vou no bom caminho, acredito. Vale-me a crença!
José Pedro Cadima
Tem momentos penosos esta aprendizagem. É o custo da aproximação que prossigo ao transcendente, que não é já ali, tanto quanto desejava que fosse.
Vou no bom caminho, acredito. Vale-me a crença!
José Pedro Cadima
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Choraste
Maldita a hora em que choraste.
Lá se foi toda a minha raiva
e as palavras cruéis
que tanto queria atirar-te.
Lá se foi o pânico
que me suscitava a ideia de perder-te.
Porque me sinto vivo
quando cuido de ti?
Porque sou eu segundo
neste mundo em que tu habitas?
José Pedro Cadima
Lá se foi toda a minha raiva
e as palavras cruéis
que tanto queria atirar-te.
Lá se foi o pânico
que me suscitava a ideia de perder-te.
Porque me sinto vivo
quando cuido de ti?
Porque sou eu segundo
neste mundo em que tu habitas?
José Pedro Cadima
domingo, janeiro 10, 2010
Doente
Sinto-me doente
e nem sei bem que doença me aflige.
Será o meu mal-estar resultante das emoções
que vou experimentando quotidianamente,
amargas, muitas delas?
Será porque erro quando julgo estar próximo do sucesso?
Ou vem-me a dor de sentir-me dilacerado?
Que estou doente, isso é certo!
José Pedro Cadima
e nem sei bem que doença me aflige.
Será o meu mal-estar resultante das emoções
que vou experimentando quotidianamente,
amargas, muitas delas?
Será porque erro quando julgo estar próximo do sucesso?
Ou vem-me a dor de sentir-me dilacerado?
Que estou doente, isso é certo!
José Pedro Cadima
quarta-feira, janeiro 06, 2010
Momentos felizes: quem os não tem em falta?
É verdade que tenho
muitos momentos felizes.
É verdade que muita da minha tristeza
decorre da falta dos momentos
que simplesmente não tenho
e me fazem uma falta imensa.
Quando me arrependo
de não os ter,
faço mal a mim mesmo.
Faço mal a mim mesmo, digo,
por saber que tenho todos aqueles momentos
que a outros fazem realmente falta.
José Pedro Cadima
muitos momentos felizes.
É verdade que muita da minha tristeza
decorre da falta dos momentos
que simplesmente não tenho
e me fazem uma falta imensa.
Quando me arrependo
de não os ter,
faço mal a mim mesmo.
Faço mal a mim mesmo, digo,
por saber que tenho todos aqueles momentos
que a outros fazem realmente falta.
José Pedro Cadima
domingo, janeiro 03, 2010
Gargalhadas amargas
O mundo agita-se, roda
e o que eu mais quero é sossego.
Se a agitação é própria do prazer que é a vida,
a tranquilidade não o é menos.
Sentir, sofrer, amar!
Eu sou só um,
e se a agitação me estimula
também me embriaga
e me tortura.
Na mesma medida em que anseio o frémito
desta Terra de oportunidades,
rejeito-lhe a inequidade,
a mesquinhez que grassa.
Daí que sejam amargas
as gargalhadas que por vezes liberto.
José Pedro Cadima
e o que eu mais quero é sossego.
Se a agitação é própria do prazer que é a vida,
a tranquilidade não o é menos.
Sentir, sofrer, amar!
Eu sou só um,
e se a agitação me estimula
também me embriaga
e me tortura.
Na mesma medida em que anseio o frémito
desta Terra de oportunidades,
rejeito-lhe a inequidade,
a mesquinhez que grassa.
Daí que sejam amargas
as gargalhadas que por vezes liberto.
José Pedro Cadima
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