Foi-me penosa a semana, muito penosa. Pese aquilo que já vi, nem mesmo assim me custa menos ver a facilidade com que alguns se vendem por 30 dinheiros, ou até menos.
Houve tempos em que olhei para o meio onde por opção profissional me movimento como um espaço privilegiado de partilha, de superação pessoal, de dedicação, de respeito pelos outros e pelo mundo. Hoje sei com mais segurança que nunca que os oásis são acidentes: estão condenados pela afirmação esmagadora da aridez, do vento agreste que empurra a areia para os lugares mais recônditos, logo que uma fresta fica aberta.
Resta-me deixar de olhar para o lado. Resta-me, simplesmente, seguir em frente. Hoje, como sempre, prefiro continuar só que estar mal acompanhado.
Foi-me penosa a semana, muito penosa. Custa-me que não subsista lugar para as pessoas, na sua individualidade, na sua ânsia de carinho e aspiração de felicidade, sempre precária.
Onde estão os momentos de convívio, as manifestações de amizade que nos reuniam algumas tardes em redor de um prato de rissóis? O caminho que percorremos fomos nós que o escolhemos ou alguém o decidiu por nós? E se o decidiu por nós, quais são os valores maiores, de humanidade, que o justificam?
Neste turbilhão de desumanidade, prefiro continuar caminho sozinho. Fico melhor só que mal acompanhado.
J. Cadima Ribeiro
Houve tempos em que olhei para o meio onde por opção profissional me movimento como um espaço privilegiado de partilha, de superação pessoal, de dedicação, de respeito pelos outros e pelo mundo. Hoje sei com mais segurança que nunca que os oásis são acidentes: estão condenados pela afirmação esmagadora da aridez, do vento agreste que empurra a areia para os lugares mais recônditos, logo que uma fresta fica aberta.
Resta-me deixar de olhar para o lado. Resta-me, simplesmente, seguir em frente. Hoje, como sempre, prefiro continuar só que estar mal acompanhado.
Foi-me penosa a semana, muito penosa. Custa-me que não subsista lugar para as pessoas, na sua individualidade, na sua ânsia de carinho e aspiração de felicidade, sempre precária.
Onde estão os momentos de convívio, as manifestações de amizade que nos reuniam algumas tardes em redor de um prato de rissóis? O caminho que percorremos fomos nós que o escolhemos ou alguém o decidiu por nós? E se o decidiu por nós, quais são os valores maiores, de humanidade, que o justificam?
Neste turbilhão de desumanidade, prefiro continuar caminho sozinho. Fico melhor só que mal acompanhado.
J. Cadima Ribeiro