Desaparecer: quantas vezes não desejamos nós isso?
Um desejo repentino, surgido após uma cena desastrosa. Quando tudo acontecer, não é aqui que quero estar. Quando tudo se revelar, não quero existir.
Querer desaparecer mantém-nos acordados à noite, muitas vezes. Tentar fechar os olhos ao dia de amanhã. Tenho medo, não sei o que me reserva o dia de amanhã.
Um olhar sobre a vida. Memórias que nos fazem ferida, que nos dão vontade de desaparecer.
Vi-te um dia e decidi que te queria. Tu decidiste não me querer, da mesma maneira. Tive então vontade de desaparecer.
Culpo-te a ti e a todos por me terem dado essa vontade. Vi cada dia passar e dizer-me que tinha fracassado. Ou desapareço ou choro! Chorei.
Escolheste outro. Tu e o outro. Eu e a dor.
Todos os dias te vejo adormecer antes de mim… Espero sempre que os teus olhos fechem e mergulhes nos teus sonhos para que eu possa então chorar.
Mergulhas nos teus sonhos e os meus olhos ganham brilho. Depois, uma lágrima traça um carreiro de água salgada até à almofada onde tento desaparecer.
Tenho na memória a rejeição, o dia em que preferiste outro, os carinhos que perdi. Agora, que te tenho, só falta mesmo fazer desaparecer os parágrafos que surgem acima.
Apagá-los será fácil. Difícil será apagar da minha memória os dias tristes, os dias em que faltaste.
José Pedro Cadima
Um desejo repentino, surgido após uma cena desastrosa. Quando tudo acontecer, não é aqui que quero estar. Quando tudo se revelar, não quero existir.
Querer desaparecer mantém-nos acordados à noite, muitas vezes. Tentar fechar os olhos ao dia de amanhã. Tenho medo, não sei o que me reserva o dia de amanhã.
Um olhar sobre a vida. Memórias que nos fazem ferida, que nos dão vontade de desaparecer.
Vi-te um dia e decidi que te queria. Tu decidiste não me querer, da mesma maneira. Tive então vontade de desaparecer.
Culpo-te a ti e a todos por me terem dado essa vontade. Vi cada dia passar e dizer-me que tinha fracassado. Ou desapareço ou choro! Chorei.
Escolheste outro. Tu e o outro. Eu e a dor.
Todos os dias te vejo adormecer antes de mim… Espero sempre que os teus olhos fechem e mergulhes nos teus sonhos para que eu possa então chorar.
Mergulhas nos teus sonhos e os meus olhos ganham brilho. Depois, uma lágrima traça um carreiro de água salgada até à almofada onde tento desaparecer.
Tenho na memória a rejeição, o dia em que preferiste outro, os carinhos que perdi. Agora, que te tenho, só falta mesmo fazer desaparecer os parágrafos que surgem acima.
Apagá-los será fácil. Difícil será apagar da minha memória os dias tristes, os dias em que faltaste.
José Pedro Cadima
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