Fechando os olhos,
posso ainda ver
cores, sentimentos, sonhos, frustrações.
Vejo sentimentos, digo,
que são de tristeza, sobretudo,
mas poderiam ser, também, de esperança.
Na escuridão e para além dela,
vejo, sinto a cor do meu sangue,
vermelho vivo.
Vivo que me pressinto,
de olhos fechados, imagino-me outro,
ensaio transportar-me para outro lugar,
onde a esperança não se ofereça sobra
da tristeza e da desesperança.
Amanhã será um dia novo!
José Cadima
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