“2. Já que falo de mortos, permitam-me os meus caros leitores o desabafo, mas se há coisa que me irrita é, exactamente, o desaforo que têm certos defuntos de recusarem a santa paz que a morte, e só a morte, lhes pode proporcionar.
Concedo a antiguidade da tradição (segundo alguns, a remontar a J. Cristo) mas, como é bem conhecido, a tradição já não é o que era. E já não sendo o que era, como se assinala, entendo que é talvez tempo de voltar a fazer escola a prática sadia de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. Mais a mais, num tempo e num mundo em que os empregos escasseiam mesmo para os vivos e se perdeu a velha sabedoria egípcia de embalsamar os mortos de forma a não cheirarem mal.”
J.C.
Concedo a antiguidade da tradição (segundo alguns, a remontar a J. Cristo) mas, como é bem conhecido, a tradição já não é o que era. E já não sendo o que era, como se assinala, entendo que é talvez tempo de voltar a fazer escola a prática sadia de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. Mais a mais, num tempo e num mundo em que os empregos escasseiam mesmo para os vivos e se perdeu a velha sabedoria egípcia de embalsamar os mortos de forma a não cheirarem mal.”
J.C.
(reprodução parcial de crónica do autor identificado publicada no jornal Notícias do Minho de 96/09/06, em coluna regular genericamente intitulada “Crónicas de Maldizer”)
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