segunda-feira, novembro 30, 2009

Introspecções…

Para nossa defesa, devemos evitar compromissos emocionais "excessivos", isto é, que nos esgotem e que tomemos como insubstituíveis (para mais, em certos contextos de definição de vida). Isso não impede que tenhamos uma vida afectiva satisfatória e procuremos alcançar "a nossa felicidade".
Entre sermos nós, autênticos, com as nossas qualidades e defeitos, ou sermos outros, para consumo externo, para sermos "agradáveis" e convenientes com terceiros, prefiro a primeira opção, sob pena de nos sentirmos insatisfeitos connosco, o que resulta na maior das amarguras que se pode enfrentar. Sendo assim, importa apenas que estejamos atentos à sensibilidade dos nossos interlocutores, sem deixar de sermos nós, o que é um exercício muito difícil.

José Cadima

1 comentário:

Anónimo disse...

Introspecções (2)

Quando a relação é feliz e vale a pena ser vivida,será que devemos ver as coisas desta forma?
Ao sermos "agradáveis" e convenientes com terceiros, estamos a ajudar a construir uma relação forte, sustentada.
E quando os "terceiros" sofrem bastante com coisas que não nos perpurbam, não valerá a pena agradar-lhes, se amarmos esses "terceiros"?
E quanto é que os "terceiros" se esforçam para nos agradar? Será que pensamos muito neste aspecto? Não, claro que não, pois não sabemos "medir" o quanto essa pessoa se esforça, porque nunca a vimos antes, noutra relação.
E também nos habituamos depressa ao carinho do ente "terceiro", esquecendo o esforço que vai fazendo no quotidiano.
Por exemplo, agora, neste preciso momento, estou pensando em agradar a um ente "terceiro". Vale a pena quando temos a certeza que é o amor da nossa vida.