domingo, novembro 08, 2009

Pergunto e não encontro resposta

Pergunto ao vento que passa,
pergunto ao silêncio que me rodeia,
pergunto aos meus pensamentos que se atropelam
de tão velozes correrem,
porquê? Porquê? Porquê?
E como resposta recebo
o silvo do vento que corre,
o alvoroço do silêncio que me envolve,
um atropelo maior dos meus pensamentos.
De tão perto que quase lhe toco,
chega-me a tua angústia,
a tua dúvida de ser correspondida
num amor que te apanhou de surpresa,
mesmo se a tua surpresa
acabou por não exceder a minha.
Que fazer com esse amor?
Que fazer com este silêncio
que tantas vezes me acalma
e noutras se me oferece tão violento?
Pergunto ao vento que passa,
porquê? Porquê? Porquê?
E o vento não me dá resposta.
E o vento não me traz de volta
o amor sereno com que sonhei.
E o vento não te traz de volta para mim.

José Cadima

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu amor

O amor sereno que tanto aguardas, já existe. Apenas tens que saber cuidar dele. Cuidar dele, tão bem ou melhor como cuidas das plantas...
Esse amor também é sereno para mim, numa fase da vida em que já não o esperava...
Não é o vento que te afasta de mim, és tu o elemento que me afasta. Tu és o vento... Uns dias és uma simples e interessante brisa marítima e logo noutro um autêntico ciclone.
Pensa em quem abandonou e pouco esforço fez até hoje para se adaptar às Helenas e meias-Helenas que foram aparecendo.
Desta vez não o podes fazer, não podes abandonar... Eu não sou Helena.
A tua Cláudinha

Anónimo disse...

Este comentário mostra que é «brava».
Cuidado com a pequerrucha, «quem lhas fizer paga-as».