sexta-feira, dezembro 26, 2008

Ninguém

Ninguém para amar.
Ninguém para beijar,
nem, mesmo, tu.
Tu, que já foste o meu refúgio seguro,
o meu ponto de encontro,
o mar agitado em que naveguei.

Ninguém para abraçar.
Ninguém de quem me socorrer,
nem mesmo naqueles momentos
em que um ombro já bastava.
Os amigos?
Por muitos que pareçam,
não me fazem sentir menos só.
Faltas-me tu!

Faltam-me os teus beijos.
Faltam-me os teus abraços.
Falta-me o teu amor.
Faltas-me tu,
na sede de amor que já sentiste,
no desejo de correr para os meus braços
que já te animou,
na disponibilidade para navegar
o mar revolto que atravesso.

Ninguém para beijar,
nem, mesmo, tu.


José Cadima

Sem comentários: