Senti-me mal. Pensei até chorar. Não era capaz: tinha aprendido a não o fazer.
Decidi tomar um banho. A água morna acalmou-me. Relaxou-me cada músculo anteriormente preparado para rebentar. Mas não chegava.
Fui à casa de banho buscar um pente. O pente deslizou-me sobre os cabelos encaracolados. Arrancou montes deles.
Penteei o cabelo para à frente, para me tapar os olhos. Aos poucos, as pontas encaracolaram-se para cima e deixaram ver a minha cara novamente.
Continuo sob pressão. Se não gritar, reterei tudo dentro de mim. Se gritar, serei egoísta.
Decidi masturbar-me. Não tenho vontade, não tenho desejo. Apenas quero libertar a tensão.
José Pedro Cadima
Decidi tomar um banho. A água morna acalmou-me. Relaxou-me cada músculo anteriormente preparado para rebentar. Mas não chegava.
Fui à casa de banho buscar um pente. O pente deslizou-me sobre os cabelos encaracolados. Arrancou montes deles.
Penteei o cabelo para à frente, para me tapar os olhos. Aos poucos, as pontas encaracolaram-se para cima e deixaram ver a minha cara novamente.
Continuo sob pressão. Se não gritar, reterei tudo dentro de mim. Se gritar, serei egoísta.
Decidi masturbar-me. Não tenho vontade, não tenho desejo. Apenas quero libertar a tensão.
José Pedro Cadima
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