De noite
As águas do Cávado não têm cor,
Só ao nascer do dia esta volta
E com ela a coruja do mato
Vem visitar-me
No seu voo borboleteante,
Penetra no jardim da escola
Orgulhosa, disciplinada,
Agarra a sua presa
E rapidamente esgueirada
Se recolhe naquela árvore caducifólia.
De costas,
Asas ligeiramente voltadas para baixo,
Quietando o estado do seu corpo,
Olha a margem do Cávado,
Parece rir
Da confiança...
De ter pousado
Na minha mão.
Sobrevivente, flagela a rã.
Helena, MC
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