De costume,
padeço bastante quando escrevo.
Doí-me em razão das emoções que me acodem
e dói-me porque fico com o sentimento
de que é muito mau o que escrevo,
tal qual algo que tivesse sido regurgitado.
Isso sucede-me mesmo quando escrevo bem,
se a modéstia me permite dizê-lo deste modo.
Só muito depois do texto ter sido escrito,
quando está já esquecido,
é que sou capaz de voltar a lê-lo e perceber-lhe a forma.
Então, leio com certo prazer,
e a dúvida maior
de ter sido o seu autor.
José Pedro Cadima
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