Não quero voltar a ler-te,
porque me fazes recordar
mágoas que calam fundo.
Tenho a opção de rasgar-te
que hesito tomar,
por seres memória
de momentos que também foram de felicidade.
Não quero mais ver-te,
nem ao longe,
senão queimo-te.
Meu nobre poema,
quão incertos são os nossos humores,
e, sobretudo, os amores.
Não te corrijo, senão perco-te.
Não volto a ler-te,
senão rasgo-te.
José Pedro Cadima
(texto de 2004, editado por José Cadima nesta data)
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