Escrevo como modo de evasão;
escrevo para desabafar;
escrevo para dar notícia de protesto;
escrevo para me encontrar,
para te reencontrar, em memória fugidia.
Sim, porque o que vejo
me dá motivo que pensar,
falar, gritar,
lavrar o meu protesto,
correr ao teu encontro.
Escrevo para dizer o que sinto,
dizer a verdade ou, até, mentir,
mas, sobretudo, deixar sair tudo...
Só assim sou capaz de impedir
que a dor
ou o desejo de felicidade
ecludam dentro de mim.
José Pedro Cadima
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