quarta-feira, agosto 05, 2009

Ó mar salgado…(2)

Ó mar salgado
sei-te bem para lá do dobrar da rua, hoje,
mas nem por isso te pressinto longe.
Perto, perto tive-te ontem,
ao mesmo tempo salgado e doce,
como mo sugeriram os teus lábios
Ameaçado?
Ameaçado, sim, de certo modo,
por saber não serem suficientemente altas
as trincheiras que quis erguer
para me proteger
das tuas investidas
envoltas em veludo,
em abraços meigos,
em beijos que transpiram paixão.
Confesso-te: achaste-me impreparado
para uma luta
feita com tais armas.
Receio não me restar solução
outra que não seja render-me,
por mais que me custe,
por mais que, sem o querer,
querendo-o, me sinta fluir para ti.

José Cadima

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu amor

No amor, quando é verdadeiro, não temos necessidade de erguer trincheiras. Já pensaste como eu me apresentei indefesa perante ti há 13 meses atrás? Sem trincheiras, sem fortaleza. Apenas pronta para te amar. Corri muitos mais riscos do que tu!
As armas que levei para a luta foram apenas o carinho, a honestidade, a frontalidade e a dedicação. Só com estas armas se consegue deixar desabrochar o amor e ele se pode tornar verdadeiro. Aprendi-o no último ano...
Eu fui à luta, mas não foi para te magoar, nem para conseguir um troféu.
Fui à luta para te provar que é possível amarmos alguém até ao fim das nossas vidas... Que podemos encontrar a nossa alma-gémea...
Tenho pena que continues a ter dúvidas... Tenho pena...

A tua Cláudinha