Amor da minha (tua) vida,
sussurras-me ao ouvido,
esperando, reclamando resposta
que não fique aquém da expressão de entrega
que me transmites.
Despojado da capacidade
de exprimir em palavras os sentimentos,
as emoções que me assaltam,
frustro-te na tua ânsia
de escutar da minha boca
expressão de carinho idêntica.
Ficamos num meio caminho
entre o teu desejo e o meu desespero.
Fico encravado entre o abraço apertado
que sinto necessidade de dar-te
e as palavras que não me saem,
não podem escoar-se
porque nunca aprendi a dizê-las
ou, porventura, me desabituei de usá-las.
Amor da minha vida?
Sim, quem alternativamente me transmite
a alegria do reencontro com o jovem, a criança
que nunca fui mas gostaria de ter sido?
Correr para os teus braços
passou a ser um desígnio
que não quero abandonar,
de que não quero mais prescindir,
amor da minha vida.
José Cadima
1 comentário:
Amor da minha vida
Não esperava tão arrojada declaração de amor.
Correr para os teus braços
também passou a ser um desígnio
do qual não quero mais prescindir.
Estamos destinados a sermos eternos adolescentes.
Dlim, Dlão, porque não?
A tua Helena
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