sexta-feira, julho 25, 2008

Minha Querida Helena

De tão atarefada que estás, fico com um sentimento de culpa por ter-te desafiado para uma breve fuga para o mundo dos sonhos. Sinceramente, se vês que não é possível compatibilizar esse devaneio com a tua agenda pessoal e profissional, diz-mo. Não ficarei de modo algum zangado. Também há a alternativa de mudarmos a data. Se insistires em que fique como está, é de facto ao Minho profundo que me proponho levar-te. Sei de um lugar (há mais que um) que se me sugere bem acolhedor para uma noite mal dormida, eventualmente.
Fazes coisas muito giras com as tuas mensagens electrónicas. Nem imaginei que era possível fazer isso. Talvez te devesses dedicar às artes visuais, sobrando-te tempo.
No que respeita ao trabalho que tinha entre-mãos, já dei conta do recado, felizmente. Os artigos estão prontos, ficando a marinar até 2ª feira pela manhã, altura em que embarcam para o destino.
Já que falo de trabalho, deixa que te diga que não te sabia tão avessa a vassouras. Sinal dos tempos, porventura.
Não acho boa ideia que releias as minhas mensagens. De cada vez que o fazes vens com uma nova interpretação, como se as mensagens fossem ambíguas ou pretendessem dizer mais do que aquilo que dizem. No mais, fico-te eternamente reconhecido pelo teu carinho e atenção, e lisonjeado por me dizeres que a mereço, a atenção, digo.
Nos teus braços, sinto-me quase com os teus 19 anos. Isso perturba-me. Já não estou habituado a ter essa idade. Assim sendo, embora, ou por isso mesmo, anseio voltar para os teus braços.
Recebe um beijo muito, muito grande.

José Cadima

1 comentário:

Anónimo disse...

Que atrevimento tão delicioso!

A tua Helena.