segunda-feira, junho 02, 2008

Na vida: sonhos

Jogando em frente
as insígnias conseguidas,
nota-se que há muitos sonhos
que são mais pequenos que a vida.

Reflexos em espelhos sem cantos
permitem a fuga da ilusão.
Tarefa árdua é também procurar
agulha em palheiro:
vemo-nos gregos.

Convirá alertar os homens de ambição
que o mundo não se conquista com talheres,
embora essa conquista possa
não dispensar a mesa.
Pelo menos, não se contam histórias,
em que tal tenha acontecido.

Às mulheres, rosas se oferecem
ao invés de alecrim,
talvez por causa do seu perfume.
Podem ser rosa,
podem ser brancas ou vermelhas,
vermelho-amante;
fazem-nos sempre sonhar
com o seu perfume de rosas,
o seu cheiro de mulher.

José Pedro Cadima

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