“1. Irremediavelmente, estou impressionado com a preocupação que os lisboetas manifestam com os atrasos de desenvolvimento do Alto-Minho, da Beira interior ou do Alentejo. Mais impressionado me confesso por essa preocupação, tão veemente, ser assumida em termos maioritários por gente tão ilustrada quanto o são os jornalistas e outros intelectuais com espaço reservado no «Expresso» e noutros órgãos de informação que se usa classificar de «grande difusão».
Apraz-me que o digam, e apraz-me tamanha veemência nesta particular ocasião em que se discute a devolução do poder às regiões e as virtualidades da regionalização enquanto instrumento de desenvolvimento. Provoca-me menos impacto esta expressão de solidariedade regional quando é proveniente de alguém do Minho ou de Trás-os-Montes.
Não fora os epítetos de imbecis ou de traidores da pátria que usam para qualificar os defensores da regionalização e nem se perceberia o imenso altruísmo que os faz movimentar.
Também a este respeito, é caso para reconhecer que o país sem Lisboa é uma ficção.”
J. C.
(reprodução parcial de crónica do autor identificado publicada no jornal Notícias do Minho de 96/06/01, em coluna regular genericamente intitulada “Crónicas de Maldizer”)
Apraz-me que o digam, e apraz-me tamanha veemência nesta particular ocasião em que se discute a devolução do poder às regiões e as virtualidades da regionalização enquanto instrumento de desenvolvimento. Provoca-me menos impacto esta expressão de solidariedade regional quando é proveniente de alguém do Minho ou de Trás-os-Montes.
Não fora os epítetos de imbecis ou de traidores da pátria que usam para qualificar os defensores da regionalização e nem se perceberia o imenso altruísmo que os faz movimentar.
Também a este respeito, é caso para reconhecer que o país sem Lisboa é uma ficção.”
J. C.
(reprodução parcial de crónica do autor identificado publicada no jornal Notícias do Minho de 96/06/01, em coluna regular genericamente intitulada “Crónicas de Maldizer”)
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