A necessidade de escrever
apodera-se de mim
como as chamas
se apoderam de palha seca.
Sem apelo,
sem dó nem piedade,
volto à escrita, como volto ao amor,
mesmo que isso possa parecer coisa de fracos,
coisa dos que amam uma, para sempre.
Apodera-se de mim uma força
que me prende a ti;
anseio tanto o teu amor
que, à força de desejá-lo,
creio que está aí a própria razão de mo recusares.
Resta-me, então, esta escrita desesperada.
José Pedro Cadima (2005)
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