O teu olhar queima-me a sobriedade.
De tão enfeitiçado que me deixa,
já não sei o que é a razão.
Ver-te cria-me um nervoso miudinho
que me faz perder a fome,
enchendo-me de borboletas.
Neste equilíbrio precário, a consciência
diz-me que comer é superfluo,
que o orgulho é excessivo,
que escrever-te é uníco.
José Pedro Cadima
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