domingo, julho 25, 2010

2 dias, 2 anos, 20 anos

Os homens são todos iguais, dizem as mulheres.
Todos iguais, mas todos diferentes, digo eu,
que, sendo natureza, sou chuva, sou sol,
sou tempestade, sou brisa suave,
sou mar encapelado, sou…, conforme o dia.
Como eu, também cada dia é portador de singularidade,
mesmo parecendo igual a tantos outros.
Tal qual eu, assim cada dia,
sendo diferente dos demais,
também tem muito em comum com outros dias.
2 dias, 2 anos, 20 anos, sejam mais ou menos,
a vontade de prosseguir caminho
não há-de esmorecer,
como não esmoreceu o apelo que me trouxe até ti
há 2 dias, há 2 anos, há 20 anos, creio,
não estando seguro de crer bem,
mas dando por certo querer-te muito.
Dois dias, “dois anos e continuo a subir”.
“Perto do cume”, sentir-te-ás mais tu,
“mais mulher”, dizes.
Perto do cume, serei natureza mais agreste,
vento mais tumultuoso.
Perto do cume, far-te-ei rodopiar, esvoaçar,
para te deixar pousar, depois, suavemente,
nos meus lençóis feitos de neve.
A partir do cume, havemos de formar riacho,
depois rio,
para, finalmente, virarmos oceano.

K

5 comentários:

Anónimo disse...

ora, ora,
quem vai virar riacho afinal?

Anónimo disse...

cadima escreve coisas muito bonitas.
mas serão sentidas?
possivelmente são só palavras.

Anónimo disse...

o oceano nem sempre é calmo.
há muitas tempastades.

Anónimo disse...

também gostaria de fazer parte desse cume.

Anónimo disse...

meu amor
quem me dera ser o riacho nos teus braços,
ficar juntinho a ti para toda a eternidde.