Houve tempos em que o tempo passava do frio para o calor, do calor para o frio, sempre a saltitar.
Houve alturas em que o tempo passava para matar ou curar; passava devagar, para nos ver sofrer. Era sádico, esse tempo, o nosso tempo.
Houve tempos em que o tempo saltitava. Às vezes, chegava até o tempo do amor. Esclareça-se: não era o tempo que amava!
Houve tempos em que o tempo saltitava. Às vezes, chegava até o tempo do amor. Esclareça-se: não era o tempo que amava!
Agora, o tempo passa sem razão, quer dizer, passa por passar, dá passos em frente sem saber por onde andar. Parece-me perturbado, este tempo, o nosso tempo.
José Pedro Cadima
José Pedro Cadima
2 comentários:
Desconhecia esta tua faceta, mas adorei!
Não é só o tempo que está perturbado.
Existem muitas mais perturbações.
É preciso encontrá-las.
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