Observo aquilo que me rodeia.
Reparo, em especial,
naquilo que não posso compreender
mas julgo entender o que é,
como funciona.
Mas sou ingénuo:
colocado que estou
do lado de fora da caixa,
ignoro por completo
a sua dimensão interior,
quer dizer,
a razão de ser das coisas.
José Pedro Cadima
2 comentários:
Olá Pedro
Tenho quase mais 30 anos de vida do que o Pedro e ainda continuo a não compreender muita coisa do que me rodeia.
Concluí que o que me rodeia é muito agressivo, é muito imperfeito. O Homem em tantos séculos de existência, já devia ser mais crescidinho e ter evoluído nas relações humanas. Infelizmente, não o conseguiu. Nem o vai conseguir nunca!
Como o decorrer da vida vai concluir que a vida vale mesmo a pena viver, mas será de luta constante e só poderá contar consigo próprio (aprenda a mimar-se e a dar valor a si próprio) e com os seus pais, com a pessoa que ama e, eventualmente, um ou outro amigo. Todos os outros vão ser seus concorrentes na vida, muitos deles, serão "cães(lobos) ferozes" e sempre prontos para o atacar e ferir.
Com a formação que tem, pertencerá ao grupo diminuto que ainda tenta lutar contra a selva humana. Esse grupo diminuto deverá sempre existir, senão corremos o risco de sermos exterminados. É muito mais fácil pertencer ao grupo dos "cães(lobos) ferozes". Por não pertencer a esse grupo, o Pedro tem muito mais valor.
Há muita coisa que não vale a pena tentar compreender e vai entender, mais tarde ou mais cedo, que a natureza nos ensina muito mais do que aparenta.
Um abraço.
Paula Cristina
bonito comentário
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