Quando vejo a chuva cair,
interrogo-me se, com ela,
não vão as minhas próprias lágrimas,
lágrimas de desconsolo e de desencanto.
Olho a chuva, lá fora,
e vejo as minhas próprias lágrimas,
que já foram de amor e, agora, são só de dor.
Olho a chuva lá fora, que cai grossa,
e vejo o meu mundo desfazer-se,
agora que sinto que o amor não alcanço.
José Pedro Cadima
(poema extraído do livro "Sonhos a Um Espelho", Papiro Editora, Lisboa, p. 17)
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