domingo, maio 15, 2011

Maré (III)

A maré vai alta.
Ainda há pouco o mar se sugeria sereno.
Foi o vento,
foi um vento que lhe deu.

Eras a maré
contra a qual tinha que lutar.
Eras a corrente
que me arrastava para o mar alto.
Eras o meu tormento
e o meu prémio derradeiro.

Estranguladora e libertadora,
eras a morte da minha criatividade,
a minha paz eterna.

José Pedro Cadima

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