Que faço?
Não como.
Não durmo.
Não sinto, nem sonho.
Queimo as pontas dos pés.
Rasgo as costas
numa superfície áspera.
Não vivo.
Deambulo.
E na noite,
na noite que não durmo,
mato-me;
aos poucos, é certo, mas mato-me.
Arde-me o corpo.
São ácidos do passado.
É a embriaguez do futuro.
José Pedro Cadima
1 comentário:
Pedro
Desejo-lhe um 2010 com versos mais animadores e apaixonados.
Nao quer isto dizer que não gostei daqueles com que nos presentou em 2009. Na verdade, revela ter uma boa queda para a expressão escrita.
Boa sorte!
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