quinta-feira, dezembro 31, 2009

Enfarte em pleno Natal

O Natal é um bom período de escolha para se ter um enfarte. Já repararam que os enfartes e A.V.C. aumentam em Dezembro e Janeiro? Claro que as condições climáticas são importantes, mas será que chegam para explicar a situação? Não creio…
Eu própria quase que senti um e os “outdoors” espalhados pela cidade até me ajudaram a fazer o diagnóstico, pois desde dor no peito até náuseas e dormência no braço esquerdo eu senti tudo nos dias anteriores ao Natal.
Claro que a azáfama do Natal foi a principal determinante. A correr para ali para comprar a prenda para a Helena…a correr para acoli a comprar as prendas para os filhotes… e mais para não sei onde para comprar as prendas para a Lili, a Zuzu, a Pipi e a Matri.
Tudo para que o dia 24 de Dezembro, junto do nosso marido e filhos corresse da melhor forma. Impecável, sem uma migalha no chão e dando um ar de dona-de-casa com o qual não nascemos, mas que os homens gostam sempre que vá no pacote, quando transmitem aos nossos pais que os vão aliviar do fardo.
E tudo para um momento que dura 5 minutos, o da troca de prendas. Prendas que, soube este ano, acabam, em grande parte dos casos, por serem trocadas. No dia 26 de Dezembro telefonou-me uma amiga dizendo que estava num Centro Comercial com a filha a trocar prendas e que era uma multidão de pessoas e fazer o mesmo!... Ou seja, o relógio que dei à Lili acabou por ser trocado por uma pulseira… Bem poderei estar à procura do mesmo quando estiver com ela que jamais o encontrarei… E o colar que com tanto carinho dei à Matri, será que já foi substituído?
Será o Natal um fiasco? Pensando bem, não o é. O ser humano necessita de ter momentos predestinados em que tem que ser bonzinho, pensar nos outros e dizer-lhes que gosta deles. Se calhar é o último reduto dos períodos bons.
O meu Natal foi especial este ano, pois tive maridão (que conheço há muitos anos) e filhotes que não reivindicaram muito. Até ajudaram a fazer os mexidos (que iam saindo sem sabor) e as rabanadas. O maridão, que não está habituado a estas lides, foi para a cozinha supervisionar as batatas e o bacalhau.
Que mais se pode esperar do Natal, esse período mágico que só pode ser ultrapassado pela passagem do ano?... Sim, daqui a pouco libertaremos energias quando entrarmos no novo ano, que se espera melhor do que o que está a findar.
Depende muito de nós torná-lo melhor… Um excelente 2010 e não se esqueça de se ir lembrando dos “outros” antes do próximo Natal…

Leonor

Sem comentários: