domingo, fevereiro 02, 2014

Frenesim

Na cama, junto de mim,
pressinto  a tua presença.
Dormes, sonhas,
quedas longe.
De outro local, não muito distante,
chegam-me sinais de frenesim,
suspiros de agitação intensa.
Queria-te perto.
Queria-te agitada
mas sou incapaz se quebrar o teu sono.
Ficas longe, queria-te perto.
Questiono-me se sonhas
ou estás simplesmente ausente.
Há horas em que a ausência
é repouso bastante.
Há momentos em que, para nos libertamos,
precisamos de ser capazes
de deixar-nos envolver num frenesim intenso,
que nos tira o folgo,
que nos alheia de tudo o mais.
Pressinto-te perto de mim,
embalada por sono profundo.
De local não muito afastado,
chegam-me sinais de frenesim imenso,
que a crueza do silêncio da noite não permite abafar.

K

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