De longe, muito longe,
chegam-lhe frases que lhe aparecem soltas.
Entre elas, julga
perceber:
Roubaste estrelas do céu […];
Moveste montanhas […];
Lutaste com dragões […];
És quem eu ambicionava ter […].
Mentalmente, inquire a quem possam ser endereçadas, inquire o nível de generosidade que delas possa transpirar, muita, seguramente, e o nível de retribuição que possam ter.
Porventura, sê-lo-ão em idêntica medida, talvez mais, se tal é concebível.
Dir-lhe-á quanto a ama?
Roubaste estrelas do céu […];
Moveste montanhas […];
Lutaste com dragões […];
És quem eu ambicionava ter […].
Mentalmente, inquire a quem possam ser endereçadas, inquire o nível de generosidade que delas possa transpirar, muita, seguramente, e o nível de retribuição que possam ter.
Porventura, sê-lo-ão em idêntica medida, talvez mais, se tal é concebível.
Dir-lhe-á quanto a ama?
Quanto sente a sua
falta quando ela não está?
Seguramente, mesmo
que as palavras possam não ter igual expressividade, mesmo que as palavras possam
ceder perante a emoção.
Talvez devesse dizer-lho
mais amiúde, de forma mais firme mas o receio de não saber dizê-lo leva-o a preferir
calar-se, deixar que sejam os gestos, as atenções, as emoções a falar por si.
Lamenta não saber fazê-lo
de outra maneira, lamenta quanto a possa desapontar por ser assim, sabendo que
não tem modo de ser diferente. Lamenta sobretudo por ela.
De volta ao primeiro
instante, tenta recordar as palavras que escutou, murmuradas.
Mentalmente, inquire
a quem possam ser endereçadas e fica a desejar, muito, que, algum dia, alguém lhe
destine palavras tão generosas e encorajadoras.
Desperta de seguida lamentando
que o que ouviu não tivesse ido além de um sonho.
K
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