sábado, julho 23, 2011

Violeta, meu trevo de 5 folhas

Violeta! Meu trevo de 5 folhas,
minha flor singela:
como é bom contemplar-te;
quanto gosto de ter-te por perto,
de preferência, colada a mim.
Violeta, meu trevo da sorte,
a razão está toda do teu lado
quando me lembras a sorte que tenho.
À força de conviver com a pouca sorte,
acabei descrente da sorte
que me acabou reservada, violeta.
Fico-te reconhecido pelo encanto.
Mais te agradeço o modo inesperado
como te ofereceste a meus olhos,
que, de tão inesperada,
resulta-me ainda hoje difícil de crer.
Fazia-me falta uma flor como tu, ontem, hoje,
particularmente hoje,
Meu trevo de 5 folhas:
és tu me impeles para a vida;
és tu a vida que me resta
e a que, pese isso, me agarro com dificuldade,
sem que, a mais das vezes, entenda porquê.
À força de conviver com a pouca sorte,
acabei descrente,
acabei diminuído na dimensão do sonho
que, apesar de tudo, deveria comandar a vida.
Violeta, minha flor:
não desistas de dar cor à minha vida;
não deixes de ser a minha vida,
mesmo quando, descrente
da capacidade que preservo de te fazer sorrir,
te digo: “Até qualquer dia!”.

José Cadima

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