“Deito-me e sinto-te a meu lado”,
dizias-me tu há algum tempo,
não muito porque curto
é ainda o horizonte do nosso encontro.
Também eu te imagino a meu lado,
mas vezes há em que a magia
de que me sinto possuído não tem força bastante
para tornar real o desejo sonhado.
Que será que te leva para longe?
O vento que pressinto lá fora
ou os fantasmas que habitam a tua e a minha cabeças?
Concentrando-me muito,
chego, por vezes, a ouvir o sussurrar das tuas palavras,
mas mais não consigo.
Sobretudo, o sonho de aconchegar-te no meu leito,
de abraçar-te demoradamente
soa-me a quimera.
Em sonhos, envolvo-te nos lençóis,
deito-te a meu lado.
Pena é que seja só em sonhos!
Valem-me os sonhos, apesar de tudo.
José Cadima
1 comentário:
Meu amor
Amanhã terei a oportunidade de sussurar-te ao ouvido que te amo. Que te amo cada vez mais...
Mas hoje, ao deitar-me, vou poder sentir-te novamente a meu lado. Tentarei tornar o sonho numa realidade - deitar-te-ei e permanecerás a meu lado.
Os fantasmas de que falas, já muito pouco significado têm para mim... Uma vez por outra esvoaçam por perto, mas sem interferência com significado. Provavelmente, têm a simples função de me fazerem recordar o pouco que tinha e o muito que agora consigo ter contigo.
Dorme, meu amor e sente-me a teu lado.
A tua Helena
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