segunda-feira, junho 18, 2007

Pensei que existisse!

Pensei que existisse.
Cheguei a ver em mim alguém.
Subitamente, percebi que não o era,
estava longe do ser;
o sentimento que de ti vinha
era mais por ele do que por mim. Não era?
Quis o demónio dar-me esta penitência
para ver quanto aguentava eu
sem renunciar à minha crença no amor.
Viverei, também eu, para lá dos cem anos?
Às vezes penso que sou inútil,
outras vezes aceito o facto…
Pensei que existisse.
Cheguei a ver em mim alguém.

José Pedro Cadima

3 comentários:

Anónimo disse...

Tu és alguém!
E és alguém por ti mesmo, não pelo outro que julgas ser, ou que os outros vêem e querem que sejas.
És tu! Com sentimentos, com dor e com dúvidas.
Mas não negues a tua existência, e não baixes os braços numa aceitação do inevitável. O teu destino és tu que o constróis.
Estou a escrever para um TU que eu não sei se é o J.P.C. ou o J.C.R.
Ou será que um é também o outro?

Sejas tu quem fores, descobri-te através do teu silêncio.
O silêncio com que entras no meu ORION, e que é também o silêncio com que de lá sais.

Um beijo
Helena

J. Cadima Ribeiro disse...

Cara Helena,
Obrigado pela sua visita e pelas palavras de alento que deixou.
Não há ambiguidade nenhuma em relação aos autores do blogue: na maior parte dos casos, um (JPC) é o autor dos textos, outro (JCR) faz o trabalho de edição, que algumas vexes é necessário.
Um abraço,

J. Cadima Ribeiro disse...

Errata: leia-se "vezes" onde está a gralha que não devia estar