Houve tempos em que o tempo
passava para de comer nos dar.
Passava do frio para o calor,
do calor para o frio, sempre a variar.
Havia alturas em que o tempo
passava para matar ou curar;
passava devagar, para nos ver sofrer.
É sádico, o tempo, o nosso tempo.
Houve tempos em o tempo saltitava.
Ás vezes, chegava até o tempo do amor.
Esclareça-se: não era o tempo que amava!
Agora, o tempo passa sem razão;
quer dizer, passa por passar,
dá passos em frente sem saber por onde caminhar.
José Pedro Cadima
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