sexta-feira, março 23, 2007

Anjo da guarda

Os anjos também choram,
e por vezes sou eu
quem os faz chorar.

Os anjos também amam,
e por vezes sou eu
quem os faz amar.

E tal como eu choro,
também eles choram
por te amar.

O meu anjo da guarda
é aquele anjo
que eu amo mais.

Dói-me cá dentro,
e por isso o meu anjo
de ti me defende.

Mas eu não quero ser defendido,
rejeito ser defendido e bato no anjo
que me prende.

Pobre anjo que me defende;
pobre anjo que me tenta salvar.
Está a incomodar-se em vão.

José Pedro Cadima

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