domingo, março 02, 2014

És o verde-esperança que me resta

Em tempo de flores,
quase a chegar a Primavera,
a Primavera, nota, não a prima Vera,
que não sei por onde anda,
dizes-me que sou a tua rosa,
rosa vermelho-carmim.
Quase a chegar a Primavera,
perguntas-me se gosto de ti,
flor vermelho-carmim,
cor-de-rosa, verde, azul, de tantos tons.
Como podia eu não gostar desta rosa,
deste lírio dos campo, deste mal-me-quer cor-de-neve,
desta flor-de-laranjeira?
Custam-me os espinhos.
Custa-me destoar das tuas cores,
quando emparceiramos em jarra de cristal.
Custa-me o desafio da vida,
cansado que me sinto, tantas vezes.
Vais-me dando ânimo.
O teu vermelho-carmim, o teu tom de rosa,
o teu branco-neve perfumado puxam por mim,
contrariam os meus tons sombrios,
verde-desmaiado, azul-gasto, cinzento-névoa.
És a minha flor!
És o verde-esperança que me resta.

K.

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