Em
tempo de flores,
quase
a chegar a Primavera,
a
Primavera, nota, não a prima Vera,
que
não sei por onde anda,
dizes-me
que sou a tua rosa,
rosa
vermelho-carmim.
Quase
a chegar a Primavera,
perguntas-me
se gosto de ti,
flor
vermelho-carmim,
cor-de-rosa,
verde, azul, de tantos tons.
Como
podia eu não gostar desta rosa,
deste
lírio dos campo, deste mal-me-quer cor-de-neve,
desta
flor-de-laranjeira?
Custam-me
os espinhos.
Custa-me
destoar das tuas cores,
quando
emparceiramos em jarra de cristal.
Custa-me
o desafio da vida,
cansado
que me sinto, tantas vezes.
Vais-me
dando ânimo.
O
teu vermelho-carmim, o teu tom de rosa,
o teu
branco-neve perfumado puxam por mim,
contrariam
os meus tons sombrios,
verde-desmaiado, azul-gasto, cinzento-névoa.
És a
minha flor!
És o
verde-esperança que me resta.
K.
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