1.
Já
mais do que uma vez tive oportunidade de me referir ao desconforto com que
algumas pessoas e entidades lidam com a informação. Por eles(as) o “lápis azul”
ainda existia. E não me estou a referir só ao governo de Sócrates.
2.
Numa
Escola universitária assistiu-se ultimamente ao desenrolar de uma série de estranhos
incidentes. Timidamente, um blogue dá
uma breve notícia disso, relatando ipsis
verbis alguns detalhes do acontecido, em verdade, coisas do arco-da-velha.
Fá-lo na expectativa de que alguém se interesse pelo assunto.
3.
Enquanto
há quem diz que vai resolver o assunto e enquanto os requerimentos e as
mensagens de correio electrónico vão andando de um lado para o outro,
substantivamente tudo permanece na mesma. Na mesma é uma forma de dizer já que
houve quem tivesse que assegurar serviços que não lhe tinham sido atribuídos e
houve quem, com paninhos quentes, tentasse que o problema não ganhasse maior e
mais dramática dimensão.
4.
Posto
o arrastar da situação e a inércia instalada, o blogue que já se tinha referido (timidamente) ao assunto, volta à
carga alguns dias depois. Desta vez, de forma mais veemente, relatando factos,
uma vez mais. O “sistema” reage com desconforto e o assunto tem o
esclarecimento formal que urgia mas não aparecia.
5.
A
abrir a 4ª semana, ainda nem tudo está resolvido mas parece caminhar nesse
sentido. É então que surge distribuído na Escola uma “nota informativa” onde,
no essencial, se enumeram vários dos factos já relatados mas, sobretudo, se
crítica “a boataria e os bogs que só tem contribuído para prejudicar a imagem
de[…]”. Gera-se-me daqui a dúvida se factos e “boataria” não passam de uma e
mesma coisa. Por outro lado, fica a dúvida se é a ausência de informação que
alimenta a “boataria” ou se é porque há informação que se cria espaço para a
“boataria”. Sobre como estas coisas interagem com a imagem também creio que
será melhor deixar a problemática para ocasião mais oportuna.
6.
Última
peça da nota informativa: “[dada a inoperância do Departamento em solucionar o
problema […], a Escola[…]”. É remate brilhante, sem dúvida, para quem primou pela
operacionalidade e eficácia ao longo das três semanas já corridas. Não somos
injustos ao ponto de dizer que o problema tinha resolução fácil. Lida(va)-se
com pessoas, para mais em situação crítica, mas… E depois fala-se de imagem de
e, se calhar, de transparência de procedimentos, e de lealdade institucional e
de … uma série de coisas que se sabe não terem substância alguma em razão de…
J. Cadima
Ribeiro
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