Há coisas que não programamos,
que acontecem, simplesmente.
Algumas são boas,
outras não desejamos que aconteçam,
cedo ou tarde.
Nalguns casos, boas ou más, sabemos como lidar com elas;
noutros casos nem por isso.
É assim que as coisas da vida são:
por mais que se planeie,
por mais que fujamos dos desencontros da vida,
poucas vezes temos aquilo que desejamos muito,
e, tratando-se de afectos, de amor,
menos seguro é alcançá-los à medida da nossa carência imensa
e ser capaz de conservá-los.
É assim que as coisas da vida são,
para nosso infortúnio.
José Cadima
(adaptado de José Pedro Cadima, Poemas 2004, "As coisa que acontecem")
Sem comentários:
Enviar um comentário