Estás em festa, pá.
Fico contente,
embora
te preferisse ter junto de mim.
Os
dois, seria festa bastante.
Estás em festa, pá.
Fico contente,
se bem
que me pergunte
porque
te agarras tanto a personagens do passado.
O
presente é já aqui
e
parece-me bem mais gratificante.
Tanto mar, tanta terra a
separar-nos,
sendo
embora certo o repouso que o mar nos dá
quando,
de mão-dada, percorremos as suas areias,
olhamos
a sua ondulação.
Tanto mar a puxar-nos um
para o outro,
a entrelaçar-nos,
a lembrar-nos
promessas de retorno,
a
convidar-nos para pores-do-Sol sempre diferentes,
quase sempre
deslumbrantes.
Estás em festa, pá.
Fico contente.
Mais contente estaria se, ao invés,
andássemos
por aí mirando o deslumbrante das papoilas
que a
brisa vai agitando,
calcorreando
campos plenos de malmequeres amarelos,
brancos,
roxos, e de tantas outras flores
ressuscitadas
pela Primavera que corre.
Estás em festa, pá.
Fico contente!
K
K
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