segunda-feira, setembro 16, 2013

Amanhãs

Há amanhãs que sorriem;
há amanhãs que cantam;
há amanhãs…
Quis acreditar.
Hoje, começo a descrer.
Hoje, ainda madrugada,
inquiro como chegarei ao fim do dia,
se terei forças para a jornada.
Noutras madrugadas, tive a sorte de haver luar,
algo que nesta está ausente, também.
Na ausência de luar,
Interrogo-me a que sinais de futuro
posso deitar mão.
Interrogo-me…
Valerá a pena tentar recuperar o sono…
O sonho?
Ainda haverá noites tranquilas?
Longas, angustiantes, plenas de pesadelo
sei que as há.
As outras sugerem-se-me memórias distantes.
Neste amanhã que é hoje,
a jornada anuncia-se dura, esgotante,
porventura para além das forças que me restam.
Pôr-me-ei ao caminho.
Se completarei a jornada, não sei.
Se, pelo menos, houvesse luar…


K

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