Há
amanhãs que sorriem;
há
amanhãs que cantam;
há amanhãs…
Quis
acreditar.
Hoje,
começo a descrer.
Hoje, ainda
madrugada,
inquiro
como chegarei ao fim do dia,
se terei
forças para a jornada.
Noutras
madrugadas, tive a sorte de haver luar,
algo
que nesta está ausente, também.
Na ausência
de luar,
Interrogo-me
a que sinais de futuro
posso deitar
mão.
Interrogo-me…
Valerá a
pena tentar recuperar o sono…
O sonho?
Ainda
haverá noites tranquilas?
Longas,
angustiantes, plenas de pesadelo
sei que
as há.
As
outras sugerem-se-me memórias distantes.
Neste
amanhã que é hoje,
a jornada
anuncia-se dura, esgotante,
porventura
para além das forças que me restam.
Pôr-me-ei
ao caminho.
Se completarei
a jornada, não sei.
Se,
pelo menos, houvesse luar…
K
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